(21) 2665-8325 - (21) 98775-5403 Agende

Notícias

Justiça proíbe Correios de suspender férias de funcionários; multa é de R$ 1 mil por dia


Suspensão de férias estava prevista no plano estratégico de trabalho da empresa, divulgado pelo g1 em maio. Entre outras medidas, a empresa também sugeria redução da jornada de trabalho para contornar o prejuízo de R$ 2,6 bilhões obtido em 2024. Agência dos Correios em Uberlândia TV Integração/Reprodução O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região acatou o pedido de uma entidade sindical de São Paulo e proibiu os Correios de suspenderem as férias dos trabalhadores da empresa marcados para este mês de junho. A determinação também estabelece uma multa de R$ 1 mil por empregado com direito suspenso, e determina que a estatal tem um prazo de cinco dias para justificar a suspensão. A medida estava prevista em um plano estratégico de trabalho da empresa, que o g1 divulgou em maio, com objetivo de contornar o prejuízo de R$ 2,6 bilhões obtido em 2024 e melhorar o fluxo de caixa da empresa. Entre outras medidas, a proposta previa a: ➡️Suspensão temporária de férias: a partir de 1º de junho de 2025, referente ao período aquisitivo deste ano. As férias voltariam a ser usufruídas a partir de janeiro de 2026. Correios pedem ajuda pros servidores no plano de recuperação da empresa Além disso, a empresa também determinava: redução de pelo menos 20% do orçamento de funções (redução dos cargos comissionados); incentivo à redução da jornada de trabalho, lançamento de novos formatos de planos de saúde e convocação para o retorno ao regime de trabalho presencial. Na decisão judicial desse sábado (31), a juíza justificou que "embora à empregadora caiba o poder de direção, é certo que as férias demandam programação e que a interferência unilateral deve ser cabalmente justificada", uma vez que os funcionários se programaram para usufruir do direito. Portanto, ficou estabelecido que "a ré [Correios] se abstenha de suspender a concessão de férias programadas para o mês de junho/2025 a seus trabalhadores, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 1.000,00 por empregado com o direito suspenso", diz a decisão. Prejuízo Os Correios divulgaram na sexta-feira (30) as demonstrações financeiras do 1º trimestre de 2025 com um prejuízo de R$ 1,7 bilhão. Este é o pior começo de ano da empresa desde 2017, quando os dados começaram a ser divulgados. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também determinou a suspensão de todas as operações de transporte aéreo dos Correios a partir da próxima quarta-feira (4) por não cumprir normas sobre transporte de produtos perigosos. Em novembro do ano passado, um avião a serviço dos Correios sofreu um incêndio interno. A aeronave precisou realizar um pouso de emergência no aeroporto de Guarulhos. A suspeita é que o fogo possa ter como causa o possível transporte irregular de produtos. Em nota, a empresa afirmou que está comprometida com o cumprimento integral da legislação vigente. Veja na íntegra: "Os Correios estão comprometidos com o cumprimento integral da legislação vigente. O problema decorre de práticas herdadas de gestões anteriores e representa mais um desafio que a atual administração está enfrentando para garantir a regularização completa do serviço. A empresa está adotando todas as medidas cabíveis para solucionar a situação no prazo estipulado, reafirmando o compromisso com a segurança das operações e o atendimento à população".

Produtores de São Roque colhem folhas de louro


Folhas de louro não são arrancadas durante o processo de colheita, pois elas são capazes de brotar novamente. Alguns loureiros também são produzidos com a técnica chamada alporquia, em que um anel é feito no galho e coberto com musgo e hormônio vegetal. Folhas de louro são cultivadas no interior de São Paulo Nosso Campo/Reprodução A folha de louro tem um aroma inconfundível e é frequentemente utilizada como tempero ou em chás, além de ser conhecida como um símbolo da antiguidade. Diversos agricultores do interior de São Paulo estão cultivando folhas de louro neste ano. Um dos exemplos é Alexandre Sá, que mantém viva a tradição da família e cultiva 11 mil pés de louro em uma área de três hectares. Antigamente, a produção rendia duas safras anuais, mas, a partir de 2022, os resultados começaram a ser ainda melhores. "Em vez de eu colher toda a lavoura numa etapa de seis meses, prefiro colher de forma gradual, para ter produção o ano inteiro. Isso me dá uma rentabilidade melhor. Enquanto vou colhendo e terminando, no ponto onde comecei, já tenho produção de novo. Assim, fico com rentabilidade financeira todo mês e uso menos mão de obra. A produção consegue atender o cliente o ano inteiro", diz. Todo o cultivo de Alexandre é colhido de forma manual, e a colheita começa quando a planta atinge cerca de um metro e meio. Os fardos são montados à sombra dos pés que ainda estão em desenvolvimento. Depois, seguem para pesagem, armazenamento e, por fim, secagem. As folhas de louro nunca são arrancadas na colheita, já que a muda que permanece no solo brota novamente. Algumas plantas são produzidas com a técnica chamada alporquia, em que um anel é feito no galho e coberto com musgo e hormônio vegetal, o que estimula o enraizamento em até 90 dias. Os loureiros exigem uma atenção redobrada durante toda a safra. Os agricultores precisam observar atentamente as etapas de crescimento para que as pragas e as doenças não consumam as folhas. No geral, a planta é uma excelente opção de renda para os produtores. Veja a reportagem exibida no programa em 01/06/2025: Produtores de São Roque colhem folhas de louro VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo

Criadores aumentam cuidados para evitar gripe aviária


Preocupados com os casos de gripe aviária no país, produtores seguem padrões rigorosos de controle dentro das propriedades. Criadores tem aumentados os cuidados com as galinhas poedeiras após casos de gripe aviária serem regstrados no Brasil Reprodução/TV TEM Com a identificação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, as atenções se redobraram com os criadores de frango e de galinhas poedeiras. Na região de Bastos (SP), onde está concentrada a maior cadeia produtiva de ovos do país, o Sindicato Rural recomendou que os produtores adotassem medidas para prevenir a contaminação das aves. Entre as recomendações estão restrições de circulação de pessoas que não trabalhem nas granjas e as instalações de telas nas cercas dos locais onde ficam as galinhas, não deixando elas entrarem em contato com outros animais. A limpeza e higienização dos veículos que entram no local é outra preocupação. A região de Bastos, segundo o sindicato, representa 15% da produção de ovos do país. Ao todo, oito cidades estão neste círculo produtivo, como Iacri, Tupã, Queiroz, Quatá, Parapuã, Rinópolis, Rancharia e João Ramalho (SP). A produção representa a metade da do Estado de São Paulo em nível nacional, que é de 30%. Das 60 milhões de galinhas produtoras no estado, 30 milhões estão na região de Bastos, que produz atualmente 278 ovos por segundo, equivalente a 1 milhão de unidades por hora e 24 milhões de ovos por hora. Veja a reportagem exibida no programa em 01/06/2025: Criadores aumentam cuidados para evitar gripe aviária VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo

Própolis de abelha amazônica cura feridas mais rápido, diz estudo


Estudo da Embrapa e UFPA identifica potencial cicatrizante e anti-inflamatório em própolis de abelha-canudo criada em cultivos de açaí. Própolis da abelha-canudo tem poder curativo Divulgação / Embrapa O própolis de uma abelha nativa da Amazônia tem o potencial para curar feridas, mostrou uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade Federal do Pará (UFPA). O estudo comprova que a própolis da abelha Scaptotrigona aff. postica, conhecida como abelha-canudo, acelera a cicatrização de feridas e reduz a inflamação. O produto foi testado em laboratório. Ele teve desempenho comparável, e em alguns aspectos melhor, do que uma pomada cicatrizante já vendida no mercado. Por exemplo, mostrando uma melhor regeneração da pele. O açaí tem a ver com a pomada A própolis analisada neste estudo é produzida por abelhas-canudo criadas em ambientes de cultivo de açaí. A espécie já era estudada por sua eficiência na polinização do açaizeiro. O produto é feito de resinas de plantas e pólens que as abelhas coletam no ambiente. Elas misturam isso com a cera que produzem. Embora a origem exata das substâncias não tenha sido totalmente determinada, os autores acreditam que o ambiente com plantios de açaí influenciou a composição química da própolis. A palmeira do açaí tem altas concentrações de compostos fenólicos e antocianinas. Essas substâncias possuem capacidade antioxidante. Cura mais rápida A olho nu, o creme de própolis e a pomada comercial tiveram desempenho semelhante. Ambos diminuíram o tamanho do ferimento. Mas a análise microscópica mostrou diferenças significativas. Os pesquisadores observaram uma recuperação mais rápida de fibras colágenas, que dão suporte ao tecido em regeneração. Eles também viram redução da inflamação com o tratamento usando a própolis, o que ajuda na cicatrização. Além dessas vantagens, o creme tem menos chances de efeitos colaterais, um nível reduzido de resíduos químicos e quantidade mínima de conservantes. Também se trata do primeiro creme de própolis com origem em cultivo de açaí já descrito. Outra característica destacada na pesquisa é que a abelha-canudo não usa barro na composição do própolis, diferente de outras abelhas nativas da Amazônia. Isso faz com que o produto seja livre de contaminantes do solo. Abelha-canudo Divulgação Embrapa Quando será comercializada? Para que o própolis da abelha-canudo se torne um produto comercial em larga escala, são necessários mais estudos. Portanto, não há uma data para a sua chegada ao consumidor. Segundo a Embrapa, é preciso identificar as abelhas mais aptas para produzir própolis e as formas de manejo mais adequadas. Além disso, a produção de própolis em cada colmeia é pequena. Portanto, muitos produtores seriam necessários para alcançar quantidades suficientes para venda comercial. Veja também: Embalagem muda de cor para avisar se o peixe está estragado Você sabia? Cada abacaxi é formado por até 200 frutas fundidas

‘Sem redes sociais, você fica invisível’: como as plataformas têm obrigado profissionais a produzir conteúdo


Segundo especialistas, a presença ativa nas redes sociais se tornou praticamente obrigatória para profissionais de diversas áreas. Porém, é importante ter alguns cuidados ao compartilhar o trabalho nesses ambientes. Como as redes sociais viraram vitrine obrigatória para profissionais de todas as áreas Médicos, advogados, professores, juízes e até pedreiros: profissionais de diversas áreas estão cada vez mais ativos nas redes sociais. O que antes se concentrava apenas no LinkedIn, agora também ocupa espaços em outras plataformas como o TikTok e Instagram. 🤔 Mas porque isso vem acontecendo? Segundo especialistas ouvidos pelo g1, essa tendência é reflexo da “plataformização do trabalho”, processo em que as plataformas digitais moldam as práticas profissionais e redefinem as formas de visibilidade. (veja mais abaixo) Ou seja: esse fenômeno faz com que os trabalhadores sejam praticamente obrigados a estar ativos nas redes sociais. Profissionais ouvidos pelo g1, que supostamente não seriam obrigados a ter presença nas redes sociais, relatam que estavam “quase escondidos” no mercado antes de começarem a compartilhar o trabalho nessas plataformas. Entre os clientes, a forma de procurar um especialista se transformou. Médicos e advogados, por exemplo, antes buscavam atrair clientes por meio de panfletos, cartazes ou anúncios nas ruas. Hoje, quem não está nas redes sociais, simplesmente "não existe". ‘Sem redes sociais, você fica invisível’: como as plataformas têm obrigado profissionais a produzir conteúdo Arte/g1 “Se você não está na internet, o mundo não te vê. É como se a gente estivesse entocado numa caverna se não divulgarmos o nosso trabalho”, explica a advogada criminalista Aline de Oliveira Soares, de 26 anos, que atrai cerca de 90% dos seus clientes por meio das redes. Desde a faculdade, a paulista utiliza o Instagram para compartilhar conteúdos jurídicos voltados ao direito criminal, inicialmente como forma de estudar e auxiliar outros colegas da área — o que já a ajudou a construir uma base de seguidores e potenciais clientes. Com o passar do tempo, principalmente depois que se formou, Aline passou a produzir vídeos mais informativos, com curiosidades sobre o direito criminal, o dia a dia de uma advogada criminalista e até memes. A virada de chave aconteceu quando ela decidiu migrar para o TikTok. Aline passou a editar e postar vídeos curtos por incentivo de outras pessoas, sem grandes expectativas. A advogada criminalista Aline de Oliveira Soares tem mais de 245 mil seguidores nas redes sociais. Reprodução/Instagram “Eu só entrava, postava e deixava lá. Até que viralizou sozinho”, lembra. Aline já acumula mais de 245 mil seguidores na rede, e os vídeos sobre o cotidiano da advogada criminalista passam de 3,7 milhões de curtidas. Por lá, diferentemente do Instagram, existe a famosa monetização, em que os criadores ganham dinheiro por meio da própria plataforma se os vídeos fazem sucesso. (veja como fazer) Após atingir 10 mil seguidores, Aline passou a receber por postagens que faz por lá. Mas os ganhos ficam entre R$ 200 e R$ 3 mil por mês, e não serviriam para viver como influencer. A advogada considera que a presença online não é uma obrigação, mas uma oportunidade facilitada pela tecnologia. “Antes, era muito mais difícil divulgar o trabalho. Hoje, com um post no Instagram, você alcança muito mais do que colando um panfleto no poste”, diz. “Além de estudar, se formar, passar na OAB, hoje a gente também precisa virar marqueteiro ou blogueiro. Mas é muito mais fácil: é melhor fazer um post no Instagram do que colar panfletos na rua. Isso abre muitas portas e eu sou totalmente a favor”, explica. ⚠️Concursados também estão nas redes 🤔 Se as redes são uma estratégia de autopromoção, o que explica os concursados, que não necessariamente precisam atrair clientes, também estejam ativos nas redes sociais? O juiz federal Kleiton Alves Ferreira, que atua em Alagoas na área de Direito Previdenciário, com foco em processos de aposentadoria rural, diz que a ideia inicial era usar as redes para divulgar o seu trabalho como escritor e professor de concursos públicos. Mas, desde 2023, ele compartilha trechos de audiências públicas e conteúdos sobre sua rotina profissional nas mídias sociais, como forma de humanizar a justiça, desmistificar a figura do juiz e tentar aproximar o judiciário da sociedade. “Eu queria mostrar que a justiça também pode ser conduzida de forma mais leve, humana, sem aquela formalidade excessiva que muitas vezes afasta as pessoas. Muita gente tem medo de juiz. Mostrar meu trabalho ajuda a quebrar esse medo”, explica. Hoje, ele acumula mais de 1,7 milhões de seguidores somente no TikTok, e tem cerca de 18,2 milhões de curtidas nas postagens. Apesar da visibilidade, Kleiton já deixou claro que não pretende deixar a carreira de juiz para ser influenciador digital. “A rede social é como uma casa que a gente aluga: a qualquer momento, o dono pode pedir de volta. Não quero ser refém disso. Minha prioridade é ser juiz, depois escritor e professor”, afirma o magistrado. O juiz federal Kleiton Ferreira também viralizou mostrando seu dia a dia e desmistificando a Justiça. Reprodução/Instagram Mesmo reconhecendo o potencial positivo dos ambientes online para aproximar a Justiça das pessoas, Kleiton relata os efeitos negativos da exposição. “As mídias sociais são perversas. Já passei um mês sem postar nada, para fazer um detox”, conta. Diferente da advogada, o juiz é verificado no TikTok e, por isso, não recebe monetização pelos conteúdos publicados na plataforma. Segundo ele, a renda recebida com visualizações – cerca de R$ 500 mensais pelo YouTube – é destinada a ações filantrópicas. “Se eu dependesse disso, passaria fome”, brinca o juiz. Para Kleiton, a prioridade é clara: primeiro a magistratura, depois a literatura e o ensino. “Se um dia eu deixar a magistratura, será para ser escritor em tempo integral, jamais para ser influenciador.” 📳Pandemia x plataformização do trabalho Segundo Issaaf Karhawi, professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), essa tendência de diferentes profissionais ativos nas redes faz parte da "plataformização do trabalho", e de como as formas de comunicação mudaram com o avanço da tecnologia. Desde sempre, profissionais como médicos e arquitetos usaram formas de comunicação para divulgar seu trabalho, seja com panfletos, cartões de visita ou participando da mídia, como comentaristas e colunistas. O que vivemos hoje é uma intensificação desse movimento, com foco nas redes sociais. A pesquisadora destaca que o movimento da plataformização do trabalho é diferente da uberização – que trata dos trabalhadores que dependem das plataformas (como motoristas e entregadores). “Quando eu penso plataformização, estou falando de quase todo o mundo, porque em certa medida, todos nós somos impactados pela dinâmica das plataformas, já que elas penetram em várias camadas da nossa vida — saúde, trabalho e até relacionamentos amorosos”, diz. De acordo com Issaaf, esse processo também muda a forma como profissionais se comunicam, se promovem e até se legitimam. “A mudança no mercado e na atuação profissional tem relação com a plataformização do trabalho”. Para a pesquisadora, a pandemia de Covid foi um dos principais catalisadores desse movimento. Com o isolamento, muitos profissionais precisaram usar as redes como única forma de divulgar seus serviços e manter uma fonte de renda. “Talvez a gente fosse viver tudo isso de alguma maneira, mas a gente está vivendo agora. Eu tenho a sensação que esse processo foi acelerado por conta da pandemia. A necessidade de a gente levar o trabalho para outros lugares”, afirma. Outro ponto levantado pela especialista é que a nossa sociedade é organizada pelo imperativo da visibilidade. Esse fenômeno é uma convocação implícita, mas muito evidente, que o indivíduo precisa ser visto e reconhecido em tempo integral nas mídias sociais. “Em uma sociedade da visibilidade, o sujeito que vive fora desse aspecto é invisibilizado. Não é à toa que a gente se espanta quando alguém diz que não tem redes sociais. Porque existe esse imperativo: é preciso estar visível. Então, não é estranho ouvir profissionais dizendo que, antes das redes sociais, se sentiam invisíveis na profissão”, explica. Como as plataformas têm obrigado profissionais a produzir conteúdo nas redes. Arte/g1 🤳🏼 ‘Chefe invisível’: o algoritmo Quem passou a produzir conteúdo nas redes – mesmo que apenas para divulgar um serviço – também se tornou um trabalhador da plataforma. Isso significa estar submetido às regras invisíveis dos algoritmos, que definem o que pode ser falado, como e quando. Issaaf destaca que as grandes plataformas digitais têm regras próprias, muitas vezes pouco transparentes, que influenciam diretamente quem produz conteúdo. Ela aponta que esses criadores acabam assumindo um “terceiro turno” de trabalho. Esse patrão disfarçado é o algoritmo, “Quando começamos a divulgar algo nas plataformas, assinamos um contrato tácito. O algoritmo passa a ser esse chefe invisível, que decide se entrega ou não o nosso conteúdo, o que podemos ou não falar”, destaca Issaaf. Ou seja: os profissionais precisam se adaptar a essas regras, que nem sempre estão claras, além das restrições éticas impostas pelos conselhos e regulamentações de cada classe. É o caso do médico infectologista Ricardo Kores, de Uberlândia, Minas Gerais. O profissional ficou famoso nas mídias sociais ao falar de maneira leve e bem-humorada sobre temas considerados tabus, como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), usando a internet como ferramenta de educação em saúde. Porém, ele precisou se adaptar ao formato das plataformas.“Se eu usar os termos técnicos como ‘pênis’ ou ‘vagina’ nas redes sociais, o algoritmo bloqueia, interpretando como se fosse conteúdo pornográfico ou impróprio”, explica. Por isso, o médico passou a usar analogias e frases bem humoradas, como “lavar o pirulito”, “fogo na bruschetta” e “cuidado com leite no olho”. Nas redes, Ricardo também passou a entrar em assuntos que estão bombando na internet, como o show da Lady Gaga. Dessa forma, o infectologista se comunica de maneira acessível, especialmente com os jovens, público mais vulnerável às ISTs. “Como médicos, precisamos estar onde a sociedade está e hoje, é no meio digital, não há escapatória”, diz. “O mundo vai mudando, a gente tem que se adaptar também, gostando ou não gostando”, completa o médico. Em 2022, quando chegou em Uberlândia e abriu o próprio escritório, Ricardo buscou nas redes uma forma de se apresentar à sociedade de forma mais direta. O médico infectologista Ricardo Kores ficou famoso nas mídias sociais ao falar de maneira leve e bem-humorada sobre temas considerados tabus. Reprodução/Instagram O profissional percebeu que estar apenas em catálogos, por exemplo, não seria suficiente. “No catálogo, você vê só a foto e o nome, mas não sabe como a pessoa se comunica, como trabalha ou como se apresenta para a sociedade. Nossa cultura é muito mais humana”, completa. Por não ter muito conhecimento sobre as mídias sociais, Kores fez parceria com um publicitário da região e passou a estudar as redes. Em apenas seis meses, após iniciar a presença digital, já percebeu o impacto. O médico notou um aumento significativo na procura pelos serviços, tanto presencialmente quanto via telemedicina. Ele passou a receber mensagens de pacientes de várias partes do Brasil, e muitos relataram que os vídeos ajudaram a entender melhor sobre saúde. Hoje, somente no Tiktok, Ricardo acumula mais de 470 mil seguidores e cerca de 12,7 milhões de curtidas em seus conteúdos. Por fazer vídeos curtos, as publicações ainda não monetizam e ele não recebe verba das redes. Porém, Ricardo projeta lançar vídeos mais longos no YouTube, o que pode gerar uma renda extra. Através das redes, o infectologista também passou a ser conhecido e convidado para dar palestras em universidades. O médico destaca que segue as regras do Conselho Federal de Medicina, que proíbe a autopromoção direta e a recomendação de medicamentos nas redes. “Não posso falar ‘venha se consultar comigo’ ou indicar remédios específicos. Todo conteúdo precisa ter caráter educativo”, explica. 🤑 Uma grana extra cai bem Além de profissionais que buscam formas de divulgar um produto ou serviço nas mídias digitais, existem casos de trabalhadores que tentam conseguir, de fato, uma graninha extra para complemento de renda. É o caso da professora Júlia Costa, de 28 anos, moradora de Itatiba e docente na rede municipal de Campinas, ambos no interior de São Paulo. Além de complementar a renda, ela encontrou nas mídias sociais uma forma de se motivar a continuar nas salas de aula. Desde 2023, a docente do ensino fundamental compartilha atividades pedagógicas, rotinas e conteúdos voltados para outros professores. “Eu encontrei nas redes sociais uma forma de me motivar e continuar levando atividades diferenciadas para sala de aula”, explica. Inicialmente, Júlia produzia conteúdo sem retorno financeiro, conciliando dois períodos de trabalho em escolas, dando aulas de manhã e à tarde, com a produção de conteúdos para as mídias sociais na parte da noite. A rotina exaustiva logo se transformou: com a venda de atividades pedagógicas em PDF, ela passou a ganhar uma renda complementar. “Hoje, graças ao meu trabalho nas redes, consigo trabalhar só meio período na escola. Sem isso, seria impossível”, afirma. A professora do ensino fundamental Júlia Costa complementa a renda através das redes sociais. Reprodução/Instagram As atividades vendidas são sequências didáticas, jogos e recursos pedagógicos, com valores entre R$ 5,90 e R$ 10. Além dessas, ela também compartilha materiais gratuitos, além de fazer publicidades e parcerias de marcas ligadas à educação. Júlia explica que nunca teve problemas com a divulgação de conteúdos, pois não expõe imagens dos alunos ou revela a escola onde trabalha. Segundo ela, as famílias e colegas de trabalho reconhecem a importância do conteúdo e apoiam a sua presença online. “Nunca mostrei nenhuma criança nas minhas redes sociais, então toda a gravação que eu faço é somente a minha imagem ou mostrando somente a atividade em si. Nunca fiz um conteúdo que possa ofender a família ou a escola que eu trabalho”, explica a professora. 💡Uso das redes sociais de forma ética e estratégica Luana Carvalho, diretora de comunicação da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP), afirma que é importante tomar alguns cuidados ao compartilhar conteúdo do trabalho nas redes. Por isso, o profissional: 🚫 Não pode publicar dados confidenciais; 🚫 Evite compartilhar produtos ou serviços que são lançamentos; 🚫 Não postar a tela do computador; 🚫 Não divulgar reuniões estratégicas; 🚫 Evitar abordar assuntos polêmicos; 🚫 Tomar cuidado com erros de português; 🚫 Não compartilhar notícias falsas; 🚫 Não postar informações que exponham pessoas específicas sem autorização; ‼️Se for apontar algo que enxerga de errado na empresa ou na profissão, faça isso em tom mais genérico. Sem “falar mal” de nenhuma empresa ou pessoa específica; ‼️ Cuidado com o humor. Ele é uma excelente ferramenta de comunicação e conexão. Mas é importante analisar o tom do humor utilizado para não passar uma imagem infantil. De acordo com a especialista, é um “desafio criar bons conteúdos com frequência sem exagerar na hora de expor situações do cotidiano e impactar negativamente em alguma dessas frentes de trabalho”. É importante checar se a empresa ou cliente tem alguma política própria de restrições em relação à conteúdos compartilhados. Inclusive contratos de prestação de serviço podem ter esse tipo de cláusula. A especialista ainda defende o que pode ser postado (sem medo): ✅ Reflexões próprias, que são originadas da sua vivência, mas não como se fosse uma verdade absoluta; ✅ Sugestões, dicas de estudo e conteúdo para quem se interessa na área que você trabalha; ✅ Contar histórias de outras pessoas desde que sejam autorizadas ou contadas de uma forma que seja impossível de identificar os personagens; ✅ Expectativas e planos de carreira e trabalho. Compartilhar metas e seu dia a dia de estudo, organização e trabalho. ✍🏽Dicas para quem está começando Para quem pensa em produzir conteúdos sobre a profissão nas redes sociais, a especialista Luana Carvalho traz algumas dicas, como: 📲 Defina qual objetivo ao postar conteúdo nas redes: Ter isso muito claro e se lembrar o tempo todo. É muito fácil cair nas métricas de vaidade das mídias digitais, como seguidores e número de curtidas. 📈 Evite cair nas métricas: Engajamento não é a métrica mais relevante para fechar negócios, conseguir clientes ou promoções. Tem muito mais relação com conseguir atingir as pessoas certas. 👩🏽‍💻Com um objetivo claro, tudo fica mais leve: Ter esse objetivo claro desde o primeiro dia faz com que criar conteúdo seja muito mais leve e deixa a escolha das estratégias muito mais assertivas. 📝 Busque referências alinhadas ao seu propósito: Vale conhecer e seguir orientações de especialistas que também têm objetivos parecidos com o seu. Assim você tem acesso às estratégias que funcionam no seu caso. ➡️ Investir no aprendizado: Faça cursos e sempre esteja atualizado. O mercado criativo está em constante evolução com novas ferramentas técnicas que exigem um portfólio em constante atualização. 😎 Crie uma presença online que seja capaz de ser uma extensão do seu portfólio e habilidades. Tenha um portfólio de “Instagram”, performer como um TikToker e planeje a sua carreira como profissional do Linkedin. 🤞🏽 Invista em networking: busque conexões com outros profissionais on e offline. LEIA MAIS Conheça os 'blogueiros CLTs', que mostram a rotina e os perrengues de trabalho nas redes sociais ‘Fotos que me pagaram para editar’: como fotógrafos e designers faturam até R$ 30 mil por mês no TikTok Conheça o ‘Chronoworking’, método de trabalho que segue o ritmo biológico

Mega-Sena, concurso 2.870: prêmio acumula e vai a R$ 40 milhões


Veja as dezenas sorteadas: 06 - 13 - 15 - 19 - 32 - 60. Quina teve 96 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 34.085,94. G1 | Loterias - Mega-Sena 2870 O sorteio do concurso 2.870 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (31), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 40 milhões. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp Veja os números sorteados: 06 - 13 - 15 - 19 - 32 - 60 5 acertos - 96 apostas ganhadoras: R$ 34.085,94 4 acertos - 5.837 apostas ganhadoras: R$ 800,86 O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (3). Mega-Sena, concurso 2.870. Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1

Imposto de Renda 2025: 2,9 milhões não enviaram declaração no prazo; saiba o que acontece


Multa para quem não entregou é de, no mínimo, R$ 165,74 — e pode atingir 20% do imposto devido. A Receita Federal estimava 46,2 milhões de declarações, mas recebeu 43,3 milhões até a data limite. Imposto de Renda 2025: prazo terminou em 30 de maio. Marcos Serra/ g1 O prazo para enviar a declaração do Imposto de Renda 2025 terminou às 23h59 desta sexta-feira (30). Ao todo, 43,3 milhões de contribuintes realizaram a entrega do documento até o horário limite, conforme balanço final divulgado pela Receita Federal. O órgão estimativa um total de 46,2 milhões de declarações dentro do prazo neste ano. Com isso, cerca de 2,9 milhões de pessoas obrigadas a declarar não fizeram a entrega e estão sujeitas a multa por atraso. O cálculo da multa é feito da seguinte forma: Multa de 1% ao mês ou fração de atraso, calculada sobre o valor do imposto devido na declaração, ainda que integralmente pago, até um teto de 20%; Multa mínima de R$ 165,74 (apenas para quem estava obrigado a declarar, mesmo sem imposto a pagar) De acordo com a Receita Federal, o valor da multa começa a contar no dia seguinte ao término do prazo de entrega. Essa contagem é encerrada na data em que a declaração for enviada ou, caso isso não ocorra, na data do lançamento de ofício feito pelo órgão. Veja outros detalhes do balanço divulgado neste sábado (31) pela Receita: 56,4% das declarações resultaram em imposto a restituir; 22,2% tiveram imposto a pagar; 21,2% ficaram sem imposto a pagar ou restituir; 50,3% dos contribuintes utilizaram a declaração pré-preenchida; 55,5% optaram pelo modelo simplificado de tributação. 6,9% das declarações foram retificadoras, enviadas para corrigir ou complementar informações 100% informaram rendimentos recebidos em 2024 Veja mais abaixo o que fazer caso você tenha perdido o prazo para entrega. LEIA MAIS IR 2025: Antonio Gil, da EY, tirou dúvidas de leitores do g1 Veja passo a passo para fazer a declaração pré-preenchida Como baixar o programa de declaração? Veja perguntas e respostas Especialista tira dúvidas sobre Imposto de renda 2025; veja íntegra Como regularizar a situação? O modo de envio da declaração fora do prazo é o mesmo adotado para os documentos entregues dentro do período estipulado pela Receita Federal. Assim, o contribuinte pode enviar a declaração pelo Programa Gerador da Declaração (PGD), disponível para download no computador, pelo aplicativo Meu Imposto de Renda ou ainda pelo e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte). A principal diferença é que, ao enviar a declaração com atraso, o contribuinte recebe uma “Notificação de Lançamento da Multa”, acompanhada do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para pagamento, além de orientações sobre o prazo e os procedimentos para regularizar a situação junto à Receita Federal. Como pagar a multa? A multa por entregar a declaração fora do prazo é obrigatória e deve ser paga por meio da emissão do Darf. Se o pagamento da multa também estiver em atraso, a guia atualizada pode ser emitida na aba “Situação Fiscal”, disponível no portal e-CAC, por meio da consulta de dívidas e pendências fiscais. A Receita concede até 30 dias para pagamento da multa e/ou do Imposto de Renda devido. Caso o pagamento não seja feito nesse prazo, haverá a aplicação de juro de mora, ajustado pela taxa básica de juros, a Selic. O valor da multa poderá ser descontado da restituição — nos casos em que o contribuinte tiver imposto a restituir —, acrescido de juros. O que acontece se eu não pagar a multa? As multas não pagas — assim como o imposto devido que não é pago dentro do período de 30 dias da entrega em atraso — podem ser consideradas como dívidas e pendências fiscais. Essa situação pode ser consultada na aba "Situação Fiscal" — documento que atesta a regularidade do contribuinte perante a Receita e que está disponível no e-CAC. Após a inclusão da pendência no sistema, o valor da dívida pode ser inscrito em Dívida Ativa, por meio do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal [Cadin], um banco de dados em que são registrados os nomes dos contribuintes responsáveis por débitos perante órgãos e entidades federais. Caso o contribuinte tenha seu nome incluso no Cadin, seu CPF pode ter uma variedade de implicações (veja mais abaixo). A falta de pagamento de um imposto devido, em casos extremos, pode ser caracterizada como sonegação fiscal, ou seja, crime contra a ordem tributária. O que acontece se eu não declarar? Além da multa por atraso e de uma penalização e atualização monetária sobre o imposto a pagar nos casos em que for apurado algum valor, o contribuinte também pode ficar com o nome sujo e ter o CPF registrado como irregular no Cadin. Caso isso ocorra, o CPF pode ter várias implicações, tais como: O impedimento de emissão ou renovação de passaporte e carteira de trabalho, por exemplo; A impossibilidade de realizar matrícula em instituições de ensino, bem como vedação da participação de concursos públicos; Score de crédito impactado negativamente, dificultando ou mesmo impedindo a contratação de produtos e serviços financeiros; Protesto em cartório e negativação do nome do contribuinte, além de pagamento de custas ao cartório para regularização; A não emissão de Certidão Negativa de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União (CND), requerida por exemplo para financiamento imobiliário; Ação judicial de cobrança, por meio de execução fiscal; Bloqueio de valores disponíveis em conta corrente e até bloqueio de outros bens, por conta de eventual execução da dívida; Pagamento de custas judiciais e honorários decorrentes de eventual ação judicial iniciada pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Saiba o que mais pode acontecer clicando aqui.

Maio amarelo: veja dicas de direção defensiva, essenciais para sua segurança no trânsito


Para aprimorar sua condução, vale conferir as orientações de pilotos e instrutores consultados pelo g1. Maio amarelo: veja dicas de direção defensiva, essenciais para sua segurança no trânsito Dirigir no trânsito exige atenção contínua. A adoção de hábitos que promovam a segurança de todos é fundamental para circular com mais tranquilidade. E isso inclui estar sempre preparado para o inesperado e agir de forma preventiva para evitar acidentes. Segundo o último Atlas da Violência, divulgado em 12 de abril, o Brasil registrou aumento nas mortes no trânsito em 2023. Foram registradas 34.881 mortes no transporte terrestre, um aumento de 2,9% em relação às 33.894 ocorridas em 2022. O aumento da frota de motocicletas — quase 39% das 397,8 mil vítimas fatais de acidentes de trânsito desde 2013 —, a falta de fiscalização e as más condições das vias são apontados como causas do agravamento do problema. Por isso, é essencial que cada motorista faça a sua parte para evitar tragédias no trânsito. O g1 ouviu pilotos e instrutores para reunir as principais dicas de direção defensiva. A seguir, confira algumas dicas fundamentais para uma condução mais segura. Mantenha distância segura do veículo à frente; Conheça bem o tipo de veículo que está dirigindo; Use corretamente as luzes do carro, especialmente em situações de neblina; Faça ultrapassagens apenas quando for seguro; Redobre a atenção em pistas molhadas. LEIA MAIS Como escolher o pneu da moto: veja 8 dicas para não errar na hora da compra Porsche 911 de R$ 1,4 milhão será leiloado por quase metade do preço Italiana Moto Morini inicia a produção de três modelos de motocicletas no Brasil; veja os planos Mantenha distância segura Sistema BMW manterá distância de outro veículo automaticamente Divulgação Essa é uma das principais recomendações e um dos pilares da direção defensiva. A regra é simples: quanto maior a velocidade da via, maior deve ser a distância em relação ao veículo à frente. O motivo é claro: em altas velocidades, a distância necessária para frear completamente em uma emergência aumenta consideravelmente. Além disso, manter um bom espaço à frente amplia sua visão do tráfego, permitindo antecipar ações e reagir com mais segurança. “Às vezes, o motorista à frente pode estar distraído e não perceber que o trânsito está parando. Se você se antecipar, pode evitar um acidente”, orienta Rodrigo Hanashiro, piloto e instrutor da 2Drive, durante um evento de pilotagem promovido pela Porto Seguro. Voltar ao início. Conheça seu veículo A segunda dica é conhecer bem as características do veículo que você dirige. Cada automóvel possui um comportamento diferente. Uma picape de grande porte, com mais de duas toneladas e carregada, se comporta de maneira muito diferente de um carro esportivo, por exemplo. É fundamental conhecer os limites do seu veículo e, igualmente, os seus próprios limites como motorista para garantir uma condução segura. “É fundamental se posicionar corretamente no banco, com todos os comandos ao alcance das mãos e boa visibilidade do painel”, explica Hanashiro, da Porto Seguro. “O ideal é ter uma visão clara da frente do veículo e manter o olhar no ponto futuro, ampliando o campo de visão e direcionando a atenção para onde se deseja ir.” Voltar ao início. Use corretamente as luzes Faróis desregulados ofuscam a visão de outros motoristas Vinicius Montoia | g1 Usar corretamente as luzes do veículo é essencial, especialmente à noite, para garantir sua segurança e a dos demais usuários da via. O uso do farol baixo durante a noite, por exemplo, permite enxergar melhor a estrada e também ser visto pelos outros motoristas. O mesmo vale para as luzes traseiras, como as de posição e de freio. Verificar se estão funcionando corretamente é fundamental para que os demais motoristas consigam identificar a posição e as intenções do seu veículo. As luzes indicadoras de direção, ou setas, também devem estar em perfeito funcionamento e ser claramente visíveis. Voltar ao início. Faça ultrapassagens com segurança Ultrapassar exige atenção redobrada e respeito às normas de trânsito. Sinalizar a intenção de mudar de faixa, seja para a direita ou para a esquerda, é um princípio básico da direção segura. Se for realizar uma ultrapassagem em local permitido, sinalize com antecedência usando a seta. Antes de iniciar a manobra, verifique pelo retrovisor se outro veículo não está tentando ultrapassá-lo ao mesmo tempo. O procedimento seguro inclui: Sinalizar e verificar o tráfego ao redor; Reduzir a marcha, se necessário, para ganhar potência; Executar a ultrapassagem com agilidade; Sinalizar novamente ao retornar à faixa original. ⚠️ Jamais realize ultrapassagens em subidas ou curvas. Nessas situações, a visibilidade é extremamente limitada, aumentando significativamente o risco de colisão com veículos que vêm em sentido contrário. Voltar ao início. Cuidado extremo em pista molhada A quinta dica chama atenção para os perigos das pistas molhadas. Sob chuva ou em vias úmidas, diversos aspectos da segurança são comprometidos: a aderência dos pneus ao asfalto, a visibilidade e a capacidade de frenagem do veículo. Um risco comum nessas condições é a aquaplanagem, que ocorre quando há lâminas de água sobre a pista. Ela costuma acontecer em trechos planos, especialmente quando há excesso de velocidade ou pneus desgastados. “Para evitar ou sair de uma situação de aquaplanagem, a orientação é clara e essencial: reduza a marcha gradualmente para diminuir a velocidade. Em nenhuma hipótese pise no freio”, alerta Bruno Cintra, instrutor de direção defensiva e evasiva, durante evento da Talent Driver “O ideal é movimentar levemente o volante de um lado para o outro, permitindo que o carro reduza a velocidade e recupere a estabilidade. Acionar os freios durante a aquaplanagem pode resultar na perda total de controle do veículo.” Dica bônus: luz de neblina traseira Faróis dos carros sob névoa Reprodução/TV Globo Em determinadas épocas do ano ou regiões, a neblina é comum e compromete significativamente a visibilidade. Nesses casos, o ideal é utilizar os faróis baixos, pois os faróis altos podem refletir na neblina e prejudicar ainda mais a visão. Para reduzir os riscos, é fundamental diminuir a velocidade. Apesar do nome, a luz de neblina traseira tem uma função muito específica e deve ser usada apenas em situações de neblina intensa. Fora dessas condições, seu uso pode ofuscar os motoristas que vêm atrás. Atitude essencial no trânsito Além das técnicas específicas, desenvolver inteligência emocional é fundamental para uma direção defensiva eficaz. “Você deve dirigir por você e pelos outros. Mesmo que esteja com a razão e o outro motorista cometa um erro, o mais seguro é deixá-lo seguir. Essa atitude ajuda a evitar tragédias no trânsito. Paciência é essencial ao volante”, orienta Cintra, instrutor de direção defensiva.

Lula enfrentará ano eleitoral em 2026 com fortes restrições a gastos do governo, preveem economistas


Espaço do governo para despesas se reduz ano a ano por conta do limite do arcabouço fiscal e das metas para as contas públicas. Economistas veem cenário complicado em 2026 e possível paralisia do governo eleito em 2027. Presidente Lula e Ministro da Fazenda Fernando Haddad. TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Se o governo já está encontrando dificuldades para cumprir despesas neste ano, o cenário de restrições para os gastos públicos vai piorar em 2026 — marcado por eleições para deputados, senadores e presidente da República. A opinião é de economistas ouvidos pelo g1 (leia mais abaixo). A líderes da Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que buscará sua reeleição no próximo ano. A decisão, no entanto, não foi formalizada pelo presidente, apesar de falas do primeiro escalão durante eventos de governo. 🔎Como está o cenário? A explicação é que os gastos obrigatórios, que têm regras específicas fixadas em leis, continuarão crescendo nos próximos anos — mesmo considerando o alívio trazido pelo pacote de cortes de gastos do fim de 2024. Como os gastos totais do governo não podem crescer acima de 2,5% ao ano (acima da inflação), norma do arcabouço fiscal, a previsão é que as despesas obrigatórias ocupem todo espaço dos gastos livres nos próximos anos. Entre os gastos livres, cujo espaço cairá ano a ano, estão: investimentos em infraestrutura, verbas para a defesa agropecuária, bolsas do CNPq e da Capes, emissão de passaportes, fiscalização ambiental e do trabalho escravo, e o Farmácia Popular. Além disso, o governo também busca cumprir as metas fiscais, que preveem equilíbrio das contas públicas neste ano e superávit em 2026 (com bandas de tolerância e abatimento de precatórios). Cortes no orçamento e aumento do IOF têm objetivo de tentar cobrir um rombo das contas públicas Dificuldades do governo Recentemente, equipe econômica anunciou um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025 e elevou IOF. O objetivo foi cumprir o limite de gastos do arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas, e tentar atingir a meta fiscal de 2025. 💲Sem o aumento do IOF, que está sendo fortemente contestado pelo setor produtivo, financeiro e por parlamentares, o governo terá de elevar a arrecadação (com alta de impostos ou redução de subsídios), ou bloquear ainda mais despesas orçamentárias. Isso porque os recursos adicionais do aumento do IOF já estão sendo considerados na projeção de arrecadação deste ano. Sob forte pressão, a equipe econômica já admite que está avaliando alternativas ao aumento do IOF. Com isso, os recursos para os gastos dos ministérios, que já estão comprimidos, poderão cair ainda mais neste ano. Para 2026, o espaço para os gastos livres será menor ainda por conta do crescimento de gastos previdenciários (impulsionados pelo aumento do salário mínimo) e assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada. E, em 2027, pode haver uma paralisia do Estado, sem espaço para investimentos, ações importantes do governo e até mesmo dinheiro para pagar despesas básicas, como água e luz dos ministérios, levando à uma mudança do arcabouço fiscal, a regra para as contas públicas. Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala em coletiva de imprensa sobre o bloqueio do Orçamento e elevação do IOF Diogo Zacarias/MF 🔍Veja abaixo as análises Reforma ampla do gasto obrigatório Para Solange Srour, diretora de Macroeconomia no UBS Global Wealth Management, 2025 não deve trazer dificuldades para o governo realizar investimentos, mas o cenário de espaço para gastos no próximo ano é "mais complicado". "O tamanho do contigenciamento e bloqueio esse ano pareceu justo. O problema é que no ano que vem ele [bloqueio de despesas] terá que ser maior e isso é ainda mais complicado em ano eleitoral", pondera a especialista. "Para 2025, a necessidade de novos contigenciamentos vai depender do que vai o ocorrer com o IOF, agora que a discussão da sua derrubada ganhou força no Congresso", afirma. Assim como outros analistas, a economista avaliou que se faz necessário uma reforma ampla do gasto obrigatório por meio de mudanças de leis. "Isso envolveria a regra do salário mínimo, a indexação da Educação e Saúde e uma nova reforma da Previdência. Não vejo espaço político para isso ser feito em 2025 e 2026. Não adianta mudar o arcabouço sem fazer essas modificações. Ele se mostraria não factível ao longo do tempo, como acontece com o atual", acrescenta. 'Fortes emoções para 2026' Para Felipe Salto, economista-chefe e sócio da Warren Investimentos, o governo conseguirá executar um nível mínimo de despesas discricionárias (gastos livres dos ministérios) neste ano, evitando o chamado "shutdown", ou seja, a paralisia da máquina pública. Mas, o ex-diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado Federal, prevê "fortes emoções" para 2026 com a compressão dos gastos livres dos ministérios. Ele lembra que a meta é de um superávit de 0,25% do PIB em 2026, podendo chegar a um déficit com a banda existente e com o abatimento de precatórios. Mesmo assim, calcula que ainda faltam R$ 50 bilhões para atingir o objetivo mínimo. "Trocando em miúdos, o ano que vem está longe de se resolver e o governo precisará mostrar como equacionará o problema. Além disso, é ano eleitoral e as pressões por gastos, reajuste e coisas do gênero só estão começando. Hoje, não vejo outra saída a não ser alterar a meta fiscal de 2026 quando do envio do PLOA, em agosto, prazo constitucional", declara. O economista avalia que não há mais espaço para ficar discutindo apenas as regras fiscais, diz que o desafio é promover uma reforma orçamentária "digna desse nome" e reduzir a rigidez do gasto (diminuir gastos obrigatórios). Ele opina que o momento político para isso só será em 2027, independente de quem ganhe as eleições. "Não é possível administrar um país com um Orçamento em que 94% das despesas estão dadas. É um piloto automático em que o governo já não manda mais nada. Só administra correções inerciais e vinculações. Enquanto isso, o Congresso se movimenta e expande a ingerência sobre o Orçamento, por meio das emendas impositivas. É uma sandice o que temos hoje no Brasil. Só mesmo com uma reforma ampla para mudar isso. Uma reforma constitucional, inclusive", conclui. Análise: polêmica do IOF fragiliza gestão de Haddad? Cenário de rigidez A economista Zeina Latif, sócia da Gibraltar Consulting, lembra que o governo conta, no orçamento de 2026, com uma arrecadação adicional de R$ 118 bilhões, considerada de difícil confirmação por analistas, além de excluir R$ 55 bilhões em precatórios (sentenças judiciais) da meta fiscal. "O pessoal da IFI [Instituição Fiscal Independente], os especialistas de uma forma geral, falam que se precisa de 0,7% do PIB, que dá uns R$ 80 e tantos bilhões para despesas para custeio, que está no item de despesa discricionária [livre]. Mas, que acaba tendo um certo grau de rigidez, porque se tem ali o custeio da máquina. Inclusive coisas como o consumo dos órgãos [como luz, água]", opina. A previsão, segundo ela, é que não haja "folga alguma" em 2026. "Realmente você começa a comprometer várias políticas públicas". Para evitar esse cenário, a economista diz que o governo teria de ter "abraçado" uma agenda com medidas mais agressivas de contenção de despesas obrigatórias desde o início do governo, envolvendo mudanças de leis pelo Congresso Nacional. "Não é uma coisa que você consegue rapidamente tirar da cartola. Eu não vejo espaço para grandes contenções, acaba batendo mesmo em emendas parlamentares, eu não consigo avaliar o quanto. Mas é inevitável [uma agenda de contenção de despesas obrigatórias]", acrescentou Zeina Latif. Peso do ano eleitoral Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset Management, lembra que, em 2020, ano marcado por restrições por conta do antigo teto de gastos, o espaço para gastos livres (discricionários) dos ministérios estava em menos de R$ 70 bilhões. Nesse contexto, o governo optou por reduzir fortemente os investimentos públicos em 2019 e em 2020, apostando no aumento de concessões e Parceria Público Privadas (PPPs). "Então aí depende do que você considera o 'shutdown' [paralisia do Estado], né. Se for para reduzir o tamanho de alguns programas, de fato precisa reduzir. Agora para parar ministérios, acho que tem muito espaço ainda e é possível contingenciar [bloquear recursos]. É factível [a execução orçamentária em 2026]", avalia. Ele acrescenta, porém, que o fato de ser um ano eleitoral pesa para qualquer governo, independente de seu posicionamento poítico. "O problema é que você tem todas as dificuldades de um ano eleitoral. É sempre mais difícil, independente de qual que é o governo, de direita, de esquerda. Por isso que traz um pouco mais de incerteza em relação à sustentabilidade do arcabouço", explica. "Só que vai acabar usando menos recursos. E, fiscalmente, vai ser um ano de menos gasto das despesas discricionárias. E ali dentro tem investimento, tem Minha Casa, Minha Vida, várias coisas que não conversam com ano eleitoral. Esse é o desafio", acrescenta Funchal. Para o analista, a grande reforma fiscal que o governo precisa fazer é reduzir os gastos obrigatórios para trazer previsibilidade à trajetória das despesas e ao endividamento público. Ele cita como foco as despesas previdenciárias, o formato de correção do salário mínimo (que sobe acima da inflação, pressionando gastos obrigatórios); os mínimos constitucionais de saúde e educação e uma reforma administrativa.

Educação Financeira #313: como incluir a família nos negócios sem gerar problemas em casa e para a empresa?


Neste episódio, Adriana Restum e Belle Restum compartilham sua experiência à frente da Planet Girls e dão dicas valiosas para quem quer empreender em família sem perder o equilíbrio. Segundo o IBGE, 90% das empresas brasileiras são familiares. Além de representarem a maioria, também são as que mais geram empregos no país. E não é raro ver pessoas querendo empreender ao lado de parentes, seja por afinidade, confiança ou vontade de construir algo em conjunto. É o caso da empresária Adriana Restum, fundadora da marca de roupas Planet Girls, e de sua filha Belle Restum, atual CEO da empresa. Para elas, empreender em família pode ser muito positivo, especialmente pela parceria, proximidade e valores em comum. Mas esse tipo de negócio também exige atenção. Questões como diferenças de opinião, estilos de liderança e decisões estratégicas podem gerar conflitos — tanto no trabalho quanto em casa. No terceiro episódio da nova temporada do podcast Educação Financeira, Adriana e Belle compartilham sua experiência à frente da Planet Girls e dão dicas para quem quer empreender em família sem perder o equilíbrio. OUÇA AQUI: Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel.