Autoridades acusam Adani e dois outros executivos da Adani Green Energy de concordar em pagar mais de US$ 250 milhões em subornos a funcionários do governo indiano para obter contratos de fornecimento de energia solar. Gautam Adani em imagem do dia 19 de novembro de 2022, em Mumbai
Indranil Mukherjee/AFP/Arquivo
Gautam Adani, presidente do conglomerado indiano Adani Group e uma das pessoas mais ricas do mundo, foi indiciado em Nova York por um suposto esquema de fraude multibilionário, disseram promotores dos Estados Unidos nesta quarta-feira (20).
As autoridades acusaram Adani e dois outros executivos da Adani Green Energy — seu sobrinho Sagar Adani e Vneet Jaain — de concordar, entre 2020 e 2024, em pagar mais de US$ 250 milhões em subornos a funcionários do governo indiano para obter contratos de fornecimento de energia solar que deveriam render US$ 2 bilhões em lucros.
Os promotores disseram que a empresa de energia renovável também levantou mais de US$ 3 bilhões em empréstimos e títulos durante esse período com base em declarações falsas e enganosas.
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Cinco outras pessoas foram acusadas de conspiração criminal relacionada, incluindo dois executivos de outra empresa de energia renovável e três funcionários de um investidor institucional canadense.
O Adani Group não respondeu imediatamente a pedidos de comentários fora do horário comercial na Índia, onde as acusações foram anunciadas na manhã da quinta-feira (horário local).
Quem é o bilionário Gautam Adani
A embaixada da Índia em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
De acordo com os registros do tribunal, um juiz emitiu mandados de prisão para Gautam Adani e Sagar Adani, e os promotores planejam entregar esses mandados às autoridades policiais estrangeiras.
Gautam Adani tem um patrimônio de US$ 69,8 bilhões, de acordo com a revista Forbes, o que o torna a 22ª pessoa mais rica do mundo.
Os números estampados na lateral dos pneus indicam informações importantes, que precisam ser consideradas na hora da compra. Veja o que significa cada um dos dados. A escolha correta do pneu para seu carro não é mera formalidade para com o manual do veículo, mas pode significar maior ou menor segurança, indo até mesmo para aumentar ou diminuir o consumo de combustível.
Além do desenho nas ranhuras, uma informação fundamental para a identificação de um pneu está em um conjunto de cinco números que aponta informações importantes para o comprador.
Eles indicam informações importantes, funcionando assim:
Os três primeiros números indicam a largura do pneu, em milímetros: o código 205 significa 205 mm, ou 20,5 centímetros de largura.
Os dois números seguintes, após a barra, falam da altura em porcentagem: o código 55 diz que a altura é 55% da largura do pneu.
A letra significa a construção do pneu. A mais comum é R, para pneu radial. Neste exemplo, ele tem as lonas internas, responsáveis pela estrutura e reforço do pneu, dispostas radialmente e em ângulo de 90 graus em relação à direção de rolamento.
O próximo número aponta o diâmetro do aro em polegadas. É um dado que indica para qual tamanho de roda o pneu foi feito.
O dado seguinte é o índice de carga. Ele significa a capacidade que cada pneu tem para carregar peso, quando inflado. A informação é por pneu, então você precisa dividir o peso do carro e a carga que ele levará por quatro.
O último dado desta fileira é uma letra e ela indica a velocidade máxima que o pneu pode atingir em segurança.
Utilizaremos a foto abaixo para exemplificar a leitura dos números do pneu.
Numeração no pneu diz muito sobre seu uso
divulgação/Pirelli
O código do pneu é: 245/45 R21 110 Y. Agora, vamos passo a passo.
275: o pneu tem 275 milímetros de largura — ou 27,5 centímetros;
45: a altura é 45% da largura. Ou seja, tem 123,75 milímetros de altura, tem perfil baixo (inferior a 55);
R: pneu radial, que é mais robusto, oferece maior estabilidade e aderência ao asfalto, além de ajudar na redução do consumo de combustível;
21: pneu é feito para rodas aro 21;
110: o pneu suporta até 1.060 quilos, portanto a carga máxima para o veículo é de 4.240 kg;
Y: o pneu suporta velocidades de até 300 km/h;
Veja abaixo uma tabela com o índice de carga e a velocidade máxima dos pneus.
Índice de carga
Última letra no pneu
Agora que você já sabe como ler corretamente o número de um pneu, o g1 reuniu especialistas para listar as principais dicas para escolher o modelo correto para seu carro, e para quando realizar as manutenções preventivas.
São dicas simples que podem significar um veículo mais seguro para rodar na cidade, estrada ou mesmo na terra.
Veja abaixo os seguintes tópicos.
Qual o pneu certo para o seu carro?
Siga o manual do carro
Fique atento ao lote do pneu
Evite pneus importados, ou preste muita atenção neles
Tome cuidado com pneus fora do padrão
Marca diferente pode impactar na segurança
Cuidados com pneus devem ser redobradas no período chuvoso
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Qual o pneu certo para o seu carro?
O uso que você dará ao pneu é o primeiro fator a ser considerado na hora da compra. Cada situação exige um modelo específico.
“Se você é uma pessoa que circula somente na cidade, é um tipo de pneu. Se anda muito em piso de terra, é outro. Se dirige em regiões chuvosas, é outro”, comenta Samuel Quintans, responsável pela área de expansão da Bono Pneus.
Um pneu liso é focado em quem pouco sai do asfalto. Também existem pneus focados para o off-road, e neles a aderência é ainda maior. Eles são mais pesados e robustos, feitos para terreno irregular.
Se você circula por ambos, existe um pneu que encaixa em ambos os cenários e ele tem o nome de “misto”. Já o borrachudo tem um desenho diferente para aumentar a aderência na pista de terra.
Pneu misto, para off-road e borrachudo
divulgação/Continental
É preciso escolher adequadamente não só por questão de segurança, mas também de economia. Usar modelos para off-road somente no asfalto aumenta o consumo de combustível e diminui a segurança. O desenho mais agressivo oferece mais aderência em terrenos irregulares, mas aumenta o atrito com o asfalto.
“Se você vai andar na estrada de terra, levar um pneu de asfalto vai te custar mais caro e trazer insegurança na direção”, Luciana Félix, especialista em mecânica e proprietária de oficina em Belo Horizonte (MG).
Existem também pneus para carga. Eles recebem reforço estrutural para suportar mais peso, muito comum em picapes, ônibus e caminhões. Neste caso, o modelo incorreto também funciona, mas a durabilidade será menor.
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Siga o manual do carro
De acordo com Luciana Félix e Samuel Quintans, é importante consultar o manual do veículo para verificar as especificações dos pneus recomendados pelo fabricante.
No documento o usuário encontra medidas importantes, como a largura do pneu, o tamanho da roda e assim consegue encontrar o modelo correto.
É comum que os motoristas se atenham ao número do pneu já instalado. Em caso de carros usados, essa informação pode estar incorreta por conta de trocas anteriores ou erros de instalação.
“Se é um carro seminovo, pode acontecer do dono anterior ter colocado um pneu errado e você nem vai saber”, comenta Luciana.
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Fique atento ao lote do pneu
Os 4 últimos números indicam a semana e em seguida, o ano em que foi fábricado o pneu.
Reprodução/Auto Esporte
Outro ponto importante é estar atento ao lote do pneu, junto com a data de fabricação. Não é raro encontrar promoções com pneus a preços abaixo do mercado, mas isso pode significar que eles saíram da fábrica há bastante tempo.
É possível encontrar a validade dos pneus em um número chamado DOT, como na imagem acima. Pneus com data de fabricação distante podem ter a borracha mais endurecida, ressecada e outros pontos que reduzem a durabilidade, além da segurança na hora de dirigir.
Na foto acima, o pneu foi fabricado na 18ª semana de 2014, ou entre 28 de abril e 4 de maio de 2014.
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Evite pneus importados, ou preste muita atenção neles
De acordo com os especialistas ouvidos pelo g1, pneus importados costumam ser mais baratos que as versões nacionais.
Acontece que esses pneus podem não ser testados para as condições de ruas e estradas brasileiras. Mesmo que mais baratos, os modelos podem durar menos.
Por outro lado, os especialistas apontaram que a compra é mais segura se o pneu for aprovado pelo Inmetro.
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Tome cuidado com pneus fora do padrão
Se o pneu correto para seu carro não for fácil de encontrar na sua região, é possível optar por outros modelos, mas é importante estar ligado às regras para maior segurança.
“A gente precisa analisar a medida do meio, que responde à altura em porcentagem e ela pode ser diferente do que indica no manual, mas em uma taxa máxima de 10%. Alterar o primeiro, que é da largura, afeta diretamente a estrutura e estabilidade do carro”, comenta a especialista em mecânica Luciana Félix.
Neste exemplo, para um pneu com altura indicada como 55, o máximo que pode ser utilizado seria 60. Neste caso, a segurança não é completamente comprometida, mas é importante manter velocidade máxima reduzida e evitar curvas fechadas, ou mudanças bruscas de faixa.
Pneu de um Renault Kardian com câmbio manual
divulgação/Renault
É o caso do estepe, geralmente mais estreito que os pneus normais do carro. Este é um dos motivos para a indicação de velocidade máxima em cerca de 80 km/h. Em acelerações maiores, a estabilidade já está comprometida e afeta seriamente a segurança geral do veículo.
Mudar a largura do pneu, além de alterar a estabilidade, pode dificultar o balanceamento do veículo, reduzir a estabilidade e acelerar o desgaste natural da borracha.
“Neste caso, é melhor substituir todos, ou no mínimo dois pneus, para que a diferença com outros pneus não seja tão grande”, complementa Luciana.
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Marca diferente pode impactar na segurança
Luciana aponta que trocar a marca do pneu não afeta a segurança do carro de forma preocupante, mas pode mudar alguns parâmetros. “Se você tem um pneu premium, consegue frenagem mais curta para evitar segurança. Já um modelo mais barato não oferece este recurso extra”, comenta.
Nestes casos, é importante saber quais são os parâmetros do pneu escolhido em marca diferente do que a fábrica colocou no carro, ou está indicado no manual.
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Como trocar o filtro de ar?
Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes da +Milionária
Rafael Leal /g1
O concurso 200 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 24 milhões para quem acertar a combinação de seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (21), em São Paulo.
No concurso do último sábado (16), ninguém levou o prêmio máximo.
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Sobre a +Milionária
As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima)
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A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui.
Mudança no salário mínimo, na previdência de militares e abono salarial estão em estudo pelo governo; pacote é aguardado desde o fim da eleição municipal, há um mês. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reunião nesta quinta-feira (21) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar do pacote de corte de gastos. O governo retoma as discussões iniciadas no final de outubro. Nos últimos dias, Lula e Haddad estiveram no encontro das maiores economias do mundo, o G20, no Rio de Janeiro, e recepcionaram o presidente da China, Xi Jinping, em visita a Brasília. A expectativa é que o governo anuncie medidas capazes de conter as despesas a fim de manter a sustentabilidade das regras fiscais vigentes e equilibrar as contas públicas. A meta fiscal para 2024 e 2025 é de déficit zero, ou seja, de igualar receitas e despesas. Para isso, o plano em elaboração pelo governo prevê que algumas despesas passem a ser corrigidas pela mesma regra do arcabouço fiscal. No arcabouço fiscal há um limite para os gastos públicos. Eles não podem subir mais do que 70% da alta da receita, e não podem avançar mais do que 2,5% por ano, acima da inflação. A ideia é que, por meio de uma PEC (proposta de emenda à Constituição), mais despesas passem a ter esse teto de crescimento. A alta de alguns gastos acima do previsto no arcabouço pode acabar pressionando ainda mais o espaço para o funcionamento da máquina pública e investimentos. Camarotti: governo fecha acordo com militares sobre pensões e benefícios Cortes no radar O presidente Lula e o ministro Haddad se reuniram nas últimas semanas com ministros de diversas áreas. A expectativa é que, se o anúncio não for feito nessa semana, ocorra no máximo na próxima semana. Isso dependerá da reunião entre o presidente e o ministro da Fazenda, além de detalhes nas medidas envolvendo o Ministério da Defesa. As principais medidas em estudo são: Mudança na fórmula de reajuste do salário mínimo Hoje o piso salarial é corrigido pela inflação mais o PIB. O governo deve adotar um cálculo diferente. O salário mínimo continuará a ter aumento real (acima da inflação) entre 0,6% e 2,5%. Para o próximo ano, deve ser de 2,5%. Sem a mudança, seria de 2,9% –crescimento do PIB no ano passado. Pente-fino no BPC e Bolsa Família O INSS estuda exigir biometria para que pessoas saquem o BPC (benefício de prestação continuada), pago a idosos de baixa renda e pessoas com deficiência. Essa é uma das medidas para fechar o cerco contra fraudes nesse gasto. No Bolsa Família, a ideia é ampliar o combate a irregularidades em famílias unipessoais –aquelas pessoas que dizem morar sozinhas e ter direito ao programa social. Previdência de militares A proposta prevê elevar, de forma progressiva, a idade mínima de 55 anos para o militar passar para a reserva remunerada. Hoje é de 50 anos. Ainda será debatida a transição para essa mudança. Além disso, deve acabar com a morte Ficta, ou seja, a pensão paga a famílias de militares expulsos. Outro ponto é aumentar a contribuição para o fundo de saúde para 3,5% da remuneração até janeiro de 2026. Nova regra para abono salarial Mudança no critério para ter direito ao abono salarial. O abono é uma espécie de 14º salário pago pelo governo a trabalhadores de baixa renda com carteira assinada. Hoje, tem direito quem recebe até dois salários mínimos por mês. A ideia é ter uma regra mais restritiva, com renda de 1,5 salário mínimo. Essa medida não deve ter efeito em 2025 e, provavelmente, nem em 2026. Fim dos supersalários Está em estudo propor cortar salário acima do teto do funcionalismo. A ideia é deixar claro, em lei, que "penduricalhos" dos salários de servidores também estão sujeitos ao teto de remuneração. Ministérios envolvidos Até o momento, passaram pelas reuniões no Palácio do Planalto representantes de 12 ministérios. As medidas discutidas envolvem diretamente as pastas de Trabalho e Emprego, Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Previdência Social. Mas também estiveram nas reuniões os ministérios de Desenvolvimento e Comércio Exterior, Casa Civil, Comunicação Social, Advocacia-Geral da União, além das pastas econômicas: Fazenda, Planejamento e Gestão. O Ministério da Defesa foi incluído mais recentemente a pedido de Lula. O que pode acontecer sem o corte de gastos? A explicação de analistas é que, sem o corte de gastos obrigatórios (por meio do envio de propostas ao Congresso Nacional), a nova regra para as contas públicas aprovada no ano passado pelo governo Lula, está em risco. Isso porque o espaço para gastos livres dos ministérios, que englobam políticas públicas importantes, como bolsas de estudo, fiscalização ambiental e o "Farmácia Popular", por exemplo, está sendo comprimido (e pode acabar no futuro próximo) por despesas obrigatórias, como a Previdência Social. A previsão do Tribunal de Contas da União (TCU) é que, se nada for feito, o espaço para essas políticas importantes para a população, acabarão nos próximos anos, paralisando a máquina pública (veja abaixo). Com o arcabouço fiscal em risco, podendo ser abandonado, não haveria mais uma regra que controlasse as contas públicas, o que, por sua vez, elevaria mais a dívida do setor público, que já é alta para o padrão dos países emergentes. O próprio Banco Central cita o aumento de gastos em seus comunicados, explicando que isso também pressiona a inflação. Essa dúvida sobre as contas públicas, que está sendo chamada pelo mercado financeiro de "risco fiscal", já está cobrando seu preço, com alta do dólar e dos juros futuros.
O ministro da Defesa, José Múcio, confirmou ao blog que a Defesa aceitou a proposta de quatro pontos apresentada pela Fazenda para ajudar no corte de gastos do governo federal. A decisão foi negociada em reunião que teve a presença dos comandantes das três Forças. Segundo o ministro, o ponto que exigirá ajustes e que segue em negociação no nível técnico é a progressão de carreira dos atuais militares, já que nas Forças Armadas a promoção depende de vaga aberta no posto superior. Contas públicas: apesar do déficit de R$ 105,2 bi, Tesouro projeta meta fiscal zero em 2024 Como uma das medidas estabelece a idade mínima para o militar seguir para a reserva remunerada para 55 anos, uma transição terá que lidar com a fila atual de promoções. Hoje, para seguir para a reserva, o militar cumpre a exigência de 35 anos de serviço. Segundo técnicos, a estimativa é que a nova regra aumente em média três anos de serviço. O anúncio dos cortes pode ficar para a próxima semana, segundo fontes do governo. O motivo seria a necessidade de negociações com outros setores. Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, volta a se reunir com o presidente Lula para discutir o tema. Outra medidas acordada entre Fazenda e militares é o fim da chamada morte ficta – caso em que ocorre expulsão do militar e a família segue recebendo a pensão integral. A família passará a ter direito ao auxílio reclusão. Os cortes ainda envolvem um limite na transferência de pensão, passando a se restringir ao cônjuge, companheiro ou filhos e excluindo pais e irmãos dependentes. Por último, ficou acertada a contribuição de 3,5% da remuneração do militar para o fundo de saúde até janeiro de 2026.
Novo cronograma será divulgado nesta quinta-feira (21). Adiamento ocorre em meio a um impasse gerado por uma decisão judicial que exige reintegração de candidatos eliminados por não completarem a identificação do cartão de respostas. candidatos do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) a espera da abertura dos portões
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
O governo federal adiou a divulgação da lista final de aprovados no Concurso Nacional Unificado (CNU), o "Enem dos concursos", que estava prevista para esta quinta-feira (21). Um novo cronograma será anunciado na mesma data.
➡️ O adiamento ocorre em meio a um impasse gerado por uma decisão judicial que exige a reintegração ao concurso de candidatos que haviam sido eliminados por não terem completado todo o processo de identificação do cartão de respostas da prova.
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A Justiça Federal entendeu que, conforme as instruções contidas no exame, deveriam ser desclassificados apenas os participantes que não tivessem preenchido, cumulativamente, os dois campos de identificação: a bolinha com o número do gabarito e a frase na capa do caderno. (Entenda mais abaixo)
Assim, deu um prazo de 10 dias para que o governo e a Fundação Cesgranrio republicassem os resultados do concurso publicados até então, incluindo os nomes desses participantes.
Na prática, isso significa divulgar as notas das provas de múltipla escolha feita pelos candidatos e da avaliação escrita, para aqueles que atingiram a nota de corte.
Um período também deverá ser aberto para o envio de títulos, no caso dos cargos que exigem essa etapa, e para a realização dos procedimentos de verificação dos concorrentes à reserva de vagas para negros, indígenas e pessoas com deficiência.
Todas essas etapas, incluindo prazos de recursos, já foram concluídas pelos participantes que não haviam sido eliminados. E o grupo só esperava a divulgação do resultado final nesta quinta-feira (21).
"O Ministério da Gestão, responsável pelo "Enem dos concursos", afirmou que: "as próximas ações e orientações serão comunicadas no momento oportuno, respeitando o trâmite legal e o compromisso com a transparência no processo".
O que aconteceu?
Os cadernos de prova do CNU tinham várias versões, ou seja, as questões eram as mesmas para todos os candidatos de um determinado bloco temático, mas a ordem das perguntas e das alternativas estavam embaralhadas, para evitar cola.
Assim, na hora de preencher o cartão de respostas, os participantes precisavam identificar qual era a versão da sua prova, pintando a bolinha correspondente ao número do gabarito. Além disso, deveriam transcrever a frase que estava na capa do caderno. (veja a foto abaixo)
Caderno de provas do CNU exigia identificação do gabarito de duas formas
Reprodução
Apesar dessas instruções estarem descritas na prova, muitos candidatos alegaram que foram orientados pelos fiscais de aplicação de que bastava a transcrição da frase para identificar o tipo de gabarito, ou seja, não havia necessidade de pintar a bolinha.
Em coletiva de imprensa no dia do exame, logo após o fim da aplicação, a ministra Esther Dweck chegou a dizer que os participantes que haviam se esquecido de marcar o número do gabarito não seriam eliminados, pois a Cesgranrio tinha outras formas de identificar as versões de prova.
No entanto, no dia seguinte, o Ministério da Gestão anunciou que quem não havia preenchido toda a identificação no cartão de respostas estava desclassificado.
➡️ O Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria-Geral do Tocantins, recebeu denúncias sobre o assunto e ingressou com uma ação civil pública contra o governo, pedindo a reintegração ao concurso dos candidatos eliminados.
De acordo com a decisão, as instruções contidas na prova deixavam claro que seriam desclassificados apenas os participantes que não preenchessem, cumulativamente, os dois campos indicados: o número do gabarito e a frase da capa.
Com isso, o juiz Adelmar Aires Pimenta da Silva, da 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Tocantins, deferiu a tutela de urgência para cancelar a eliminação dos candidatos que deixaram de cumprir uma das duas orientações.
O que é o CNU?
Conhecido como "Enem dos concursos", o CNU teve sua primeira edição neste ano e foi o maior da história do país em número de inscritos (2,1 milhões).
Pela primeira vez, uma iniciativa centralizou em uma única prova os concursos autorizados para contratação de servidores públicos em diferentes órgãos do governo federal, reunindo mais de 6,6 mil vagas.
A convocação para a posse dos aprovados, ou para início do curso de formação, estava prevista para janeiro de 2025.
Após a finalização desta etapa, um outro edital com as vagas remanescentes será divulgado pelo Ministério da Gestão. Esses cargos serão preenchidos por candidatos da lista de espera.
Como funciona a classificação?
Serão aprovados os candidatos que receberem as notas mais altas dentro do número de oportunidades disponíveis para cada um dos cargos ofertados no concurso, considerando também a reserva de vagas para cotistas.
➡️ A nota final é a soma do resultado da prova de múltipla escolha (que é diferente para cada cargo concorrido por causa dos pesos atribuídos para as disciplinas), da prova escrita e da avaliação de títulos, se houver, respeitando as porcentagens descritas nos editais.
A classificação também vai levar em consideração a preferência entre as carreiras e especialidades indicada pelo participante no momento da inscrição.
Se o candidato for aprovado no seu segundo cargo mais preferido, por exemplo, ele ainda ficará na lista de espera da sua primeira opção, mas será eliminado da concorrência das carreiras menos preferidas.
'Enem dos Concursos': notas do CNU são divulgadas; veja como acessar
Xi disse que relação entre China e Brasil está no 'melhor momento da história'. Presidentes se reuniram em Brasília e falaram também sobre as guerras no mundo e a necessidade de encerramento dos conflitos. Lula recebeu Xi Jinping na residência oficial do Palácio da Alvorada, em Brasília
Ricardo Stuckert/PR
Reunidos em Brasília nesta quarta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da China, Xi Jinping, fizeram discursos públicos em que defenderam intensificação do comércio entre os dois países e assinaram 37 acordos e memorandos (veja a lista mais abaixo). Um deles, na área de satélites, com a empresa SpaceSail, rival da Starlink, do bilionário Elon Musk.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, quando tomou o lugar dos Estados Unidos. O país asiático é o que mais recebe as exportações brasileiras do agronegócio, umas das principais fontes da riqueza do Brasil.
Durante o governo anterior, de Jair Bolsonaro, as relações diplomáticas com a China ficaram estagnadas, em razão de hostilidades ideológicas entre o ex-presidente e o governo de Xi Jinping.
Após Lula ter voltado ao governo, um dos primeiros países que ele visitou foi a China, em março do ano passado, quando foi recebido por Xi Jinping. Agora, Xi retribui a visita. Antes de Brasília, ele estava na reunião de cúpula do G20, no início da semana, no Rio de Janeiro.
Neste sábado, Xi celebrou o encontro e ressaltou o bom momento entre os dois países.
"As relações China-Brasil encontram-se no melhor momento na história", disse Xi Jinping ao lado de Lula.
O Brasil não é para China tão importante comercialmente quanto a China é para o Brasil. Mas, mesmo assim, o país de Xi também precisa muito das relações comerciais entre as duas nações. O Brasil é o principal fornecedor de comida para a população chinesa, de bilhões de pessoas.
Além disso, no projeto chinês de se tornar o país mais rico e poderoso do mundo, suplantando os Estados Unidos, a parceria com o maior país da América Latina é estratégica.
"Nos últimos anos, sob a orientação estratégica conjunta do Presidente Xi Jinping e do Presidente Lula, os nossos dois países passaram a ser amigos de confiança mútua e futuro compartilhado, e atuam como forças positivas que contribuem juntos para a paz", completou Xi.
Lula e Xi Jinping assinam tratados no Palácio da Alvorada
O fator Trump e a diplomacia sul-sul
A vinda de Xi Jinping ao Brasil coincide com os dias seguintes da vitória de Donald Trump nas eleições para a presidência dos Estados Unidos.
Trump, que já foi presidente entre 2017 e 2020, tem uma política anti-China, assim como Bolsonaro, e já verbalizou que pretende aumentar taxas para produtos chineses e também de outros países. A eleição de Trump jogou uma sombra sobre o futuro do comércio mundial.
Com isso, Xi Jinping busca integrar cada vez mais países ao mercado chinês. E Lula deve intensificar sua estratégia de estreitamento de laços com os países em desenvolvimento, como a China. É a chamada diplomacia sul-sul, que Lula já fortaleceu em seus primeiros mandatos, com aproximação à África e à Ásia.
"Queremos adensar a cadeia de valor em nosso território, além de ampliar e diversificar a pauta com nosso maior parceiro comercial", disse Lula ao lado de Xi.
Lula citou a presença de empresas brasileiras na China e vice-versa. Também ressaltou como as trocas comerciais, na opinião dele, beneficiam os dois países.
"Empresas chinesas vêm participando de licitações de projetos de infraestrutura e têm sido parceiras em empreendimentos como a construção de usinas hidrelétricas e ferrovias. Isso representa emprego, renda e sustentabilidade para o Brasil. Indústrias brasileiras também estão ampliando sua presença na China, como a WEG, a Suzano e a Randon. Ao mesmo tempo, o agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos para a China", afirmou o presidente.
Apesar dos acenos de Lula e Xi para o comércio, o Brasil reluta em entrar no projeto trilionário de investimento chinês chamado "Nova Rota da Seda". Especialistas ouvidos pelo g1 dizem que, para o Brasil, não é estratégico aumentar demais a dependência da China, e sim diversificar parceiros.
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Parceria na área de satélites
Dentre os 37 atos e protocolos assinados por Lula e Xi, um dos mais relevantes e o da área de satélites.
A SpaceSail pretende atuar com o serviço de internet de alta velocidade transmitida por satélites de baixa órbita (chamados de satélites "geoestacionários").
A tecnologia é vista como uma solução para conectar regiões de difícil acesso à infraestrutura de telecomunicações tradicional.
O acordo prevê a intenção de cooperação entre a Telebras e a SpaceSail, caso a chinesa passe a operar no Brasil. Contudo, o negócio entre as empresas ainda não está selado.
Hoje, a StarLink, de Musk, tem grande presença no Brasil. Musk teve atritos com autoridades do Brasil nos últimos meses, ao atacar o Judiciário em razão de multas aplicadas a uma outra empresa sua, a rede social X. Na última semana, o bilionário foi escolhido por Trump para chefiar uma agência de eficiência no futuro governo.
Em seu discurso, Lula fez questão de ressaltar o acordo na área de satélites.
"Há 40 anos, teve início o Projeto Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, fundamental para que dominássemos tecnologias aeroespaciais. Essa foi, durante muito tempo, a maior parceria de cooperação entre países do Sul Global. Esta visita de Estado reforça a ambição e renova o pioneirismo do nosso relacionamento", completou o presidente brasileiro.
Guerras no mundo
Lula e Xi também abordaram as guerras em curso no mundo — como a invasão da Ucrânia pela Rússia — e a necessidade de um encerramento dos conflitos para a prosperidade global.
Xi chegou a dizer que o mundo está longe de estar tranquilo.
Ele afirmou que o Brasil e a China vão trilhar um caminho de segurança e universal e lembrou que os dois países integram um grupo para a paz na Ucrânia.
"Estamos preocupados e a comunidade internacional tem que fazer alguma coisa para resolver a crise atual. Temos que focar na Palestina, para termos um efeito imediato", disse o presidente da China.
Lula voltou a defender uma reforma de organismos internacionais, caso do Conselho de Segurança da ONU, com maior participação de países em desenvolvimento.
"Defendemos a reforma da governança global e um sistema internacional mais democrático, justo, equitativo e ambientalmente sustentável. Em um mundo assolado por conflitos armados e tensões geopolíticas, China e Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar", declarou o brasileiro.
Os 37 atos assinados
Veja quais foram os 37 atos assinados entre os dois países:
1) Declaração Conjunta entre a República Federativa do Brasil e a República Popular da China sobre a Formação Conjunta da Comunidade de Futuro Compartilhado China-Brasil por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável;
2) Plano de Cooperação do Governo da República Federativa do Brasil e do Governo da República Popular da China para o estabelecimento de sinergias entre o Programa de Aceleração do Crescimento, o Plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica, o Programa Rotas da Integração Sul-americana, e a Iniciativa Cinturão e Rota;
3) Memorando de Entendimento sobre o Fortalecimento da Cooperação para o Desenvolvimento Internacional entre a Agência Brasileira de Cooperação da República Federativa do Brasil e a Agência de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional da República Popular da China;
4) Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Bioeconomia entre o Ministério das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China;
5) Contrato de Captação entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o China Development Bank (CDB);
6) Protocolo de Requisitos Fitossanitários para Exportação de Uvas Frescas de Mesa do Brasil para a China entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Aduanas da República Popular da China;
7) Protocolo sobre os Requisitos de Inspeção e Quarentena para a Exportação de Gergelim do Brasil para a China entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Aduanas da República Popular da China;
8) Protocolo entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Aduanas da República Popular da China para a Importação de Farinha de Peixe, Óleo de Peixe e outras Proteínas e Gorduras derivadas de Pescado para Alimentação Animal do Brasil para a China;
9) Protocolo entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Aduanas da República Popular da China sobre Requisitos Fitossanitários para a Exportação de Sorgo do Brasil para a China;
10) Carta de Intenções entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Estatal de Regulação de Mercados (SAMR) da República Popular da China para promover a cooperação técnica, científica e comercial no setor agrícola;
11) Memorando de Entendimento para o Intercâmbio e a Colaboração sobre Tecnologia e Regulação de Pesticidas entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da República Popular da China;
12) Мemorando de Entendimento entre o Ministério das Cidades da República Federativa do Brasil e o Ministério da Habitação e do Desenvolvimento Urbano-Rural da República Popular da China para o Fortalecimento da Cooperação na Área de Desenvolvimento Urbano;
13) Memorando de Entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da República Popular da China sobre Cooperação na Indústria Fotovoltaica;
14) Memorando de Entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e a Autoridade de Energia Atômica da China sobre Cooperação Estratégica em Aplicações de Tecnologia Nuclear;
15) Memorando de Entendimento sobre o Programa Sino-Brasileiro de Fonte de Luz Síncrotron entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Popular da China;
16) Memorando de Entendimento para o Aprimoramento da Cooperação no Desenvolvimento de Capacidades em Inteligência Artificial entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Popular da China;
17) Memorando de Entendimento sobre o Estabelecimento do Laboratório Conjunto em Mecanização e Inteligência Artificial para Agricultura Familiar entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Popular da China;
18) Memorando de Entendimento entre Telecomunicações Brasileiras S.A. Telebras, Empresa Vinculada ao Ministério das Comunicações do Brasil ("Telebras") e a Shanghai Spacesail Technologies Co., Ltd., Empresa Chinesa Cujo Objetivo Social é o Provimento de Serviços e Soluções de Telecomunicações via Satélite ("Spacesail");
19) Memorando de Entendimento sobre o Fortalecimento da Cooperação na Economia Digital entre o Ministério das Comunicações da República Federativa do Brasil e a Administração Nacional de Dados da República Popular da China;
20) Memorando de Entendimento entre o Ministério da Cultura da República Federativa do Brasil e o China Media Group sobre Cooperação Audiovisual;
21) Memorando de Entendimento entre o Ministério da Cultura da República Federativa do Brasil e o China Film Archive;
22) Memorando de Entendimento entre o Ministério da Cultura da República Federativa do Brasil e a China Film Administration;
23) Carta de Intenções sobre a Promoção da Cooperação de Investimento para Desenvolvimento Sustentável entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil e o Ministério do Comércio da República Popular da China;
24) Plano de Ação para Promoção do Investimento Industrial e Cooperação 2024-2025 entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China;
25) Memorando de Entendimento para Promoção da Cooperação Econômica e Comercial sobre Micro, Pequenas e Médias Empresas entre o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil e o Ministério do Comércio da República Popular da China;
26) Memorando de Entendimento sobre Cooperação Esportiva entre o Ministério do Esporte da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Esporte da República Popular da China;
27) Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Transformação Ecológica e Desenvolvimento Verde entre o Ministério da Fazenda da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China;
28) Memorando de Entendimento sobre o Fortalecimento do Intercâmbio e da Cooperação sobre Reforma e Desenvolvimento de Empresas Estatais e Governança Corporativa entre a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais da República Federativa do Brasil e a Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais do Conselho de Estado da República Popular da China;
29) Memorando de Entendimento entre o Ministério de Minas e Energia da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China sobre Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Mineração;
30) Plano de Ação entre o Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional da Saúde da República Popular da China na área de Saúde para os anos 2024-2026;
31) Memorando de Entendimento entre o Ministério do Turismo da República Federativa do Brasil e o Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China para Fortalecer a Cooperação em Turismo;
32) Memorando de Entendimento entre o Ministério do Planejamento e Orçamento da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China para o Fortalecimento de Intercâmbio e Cooperação no âmbito do Desenvolvimento Econômico;
33) Memorando de Entendimento entre a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Federativa do Brasil e o Grupo de Mídia da China;
34) Acordo de Cooperação Técnica entre a Empresa Brasil de Comunicação S.A. - EBC - e China Media Group – CMG;
35) Memorando de Entendimento entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Tsinghua sobre o Programa de Resposta da Juventude Latino-Americana e Chinesa a Desafios Globais;
36) Memorando de Entendimento entre o Grupo de Mídia da China - CMG e a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA; e
37) Acordo de Cooperação entre a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Administração Estatal para Regulação do Mercado (Administração Nacional de Normalização) da República Popular da China (SAMR/SAC).
Montadora promete recomeço completo, mirando no público mais jovem. Primeiro novo carro dessa geração só deve ser lançado em 2026. Initial plugin text
A Jaguar reformulou o visual de sua marca, e abriu mão do tradicional logotipo com o animal que estampava seus veículos desde os anos 1950.
No início, o logo trazia apenas o rosto do jaguar. Nos anos 1980, passou pela principal mudança e que ficou conhecida até os dias de hoje, quando o bicho passou a aparecer de lado. O jaguar no capô do carro também é um ícone desde seus modelos mais antigos.
A alteração veio a pedido do fundador da Jaguar: Sir William Lyons. A nova marca prioriza a tipografia, muito mais redonda e com a sensação minimalista. O nome Jaguar agora é escrito em caixa baixa, com mais espaço entre cada letra.
A Jaguar disse em nota que não copiou outras empresas em sua renovação de marca, mas a tendência de simplificar logotipos já aconteceu com marcas como Spotify, Airbnb, Google e até a Microsoft.
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Nova marca da Jaguar
divulgação/Jaguar
O novo logo tem inspiração no movimento artístico chamado Pop Art, surgido na década de 1950 no mesmo Reino Unido, país natal da Jaguar. A presença deste estilo está tanto na adoção de cores para a identidade visual da companhia, como na simplicidade das letras.
No dia 2 de dezembro deste ano, a Jaguar divulgará mais detalhes sobre a nova identidade visual, incluindo instalações físicas que serão adotadas em suas lojas e demais produtos.
“Esta é uma reinvenção que resgata a essência da Jaguar, retornando aos valores que outrora a tornaram tão amada, mas tornando-a relevante para o público contemporâneo”, diz Gerry McGovern, diretor de design da Jaguar.
A mudança da marca britânica faz parte de seu plano de ser totalmente elétrica. O primeiro carro da Jaguar movido apenas por bateria será lançado em 2026.
“Este é um recomeço completo. A Jaguar foi transformada para resgatar sua originalidade e inspirar uma nova geração”, comenta Rawdon Glover, CEO da Jaguar.
Um dos carros esperados para este momento é o elétrico Super-GT, que deve trazer essa inspiração Pop Art em detalhes para além do novo logo da Jaguar.
Repercussão não foi boa
Nas redes sociais, a repercussão da nova marca não foi boa. Muitos usuários comentaram que o retorno aos tempos mais antigos da Jaguar poderia acontecer com carros a combustão, equipados com motores V8.
Outros publicaram estranhamento com busca por modernidade de carros elétricos e de atingir uma nova geração aliados a um estilo de arte dos anos 1950.
No Facebook, a publicação com o novo logotipo recebeu 4 mil reações. Deste total, mais da metade foi de risada (2,2 mil), seguido de 677 com choro, 284 de emoji irritado e 50 de susto. No lado positivo ficaram apenas 680 curtidas, 97 corações e 12 demonstrações de apoio.
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G1 testou o novo BYD Yuan Pro
Presidente da gigante francesa, Alexandre Bompard, fez declaração em uma carta direcionada a sindicato agrícola, em suas redes sociais. O Grupo Carrefour Brasil informou ao g1 que "nada muda" nas operações brasileiras. Carrefour em Presidente Prudente (SP). CEO do Carrefour disse que empresa vai parar de comercializar carne do Mercosul, mas não deu detalhes de quais países essa decisão pode afetar. Carrefour Brasil que medida não muda as operações no Brasil
Leonardo Bosisio/g1
O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, publicou nesta quarta-feira (20), em suas redes sociais, um comunicado no qual diz que a gigante francesa do varejo "assume hoje o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul", bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
A carta é endereçada a Arnaud Rousseau, presidente do sindicato francês FNSEA, sigla para Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores - veja íntegra do comunicado no final da reportagem.
O comunicado foi publicado nas contas de Bompard no Instagram, X e Linkedin, e ocorre em meio a protestos de agricultores franceses contra o acordo da União Europeia com o Mercosul. O g1 procurou o Carrefour na França e aguarda por um posicionamento.
Em sua carta direcionada ao sindicato, Bompard não dá detalhes se todas as lojas do Carrefour da Europa vão parar de comprar carne do Mercosul, ou se a medida envolve apenas o Carrefour França.
Ao g1, o Grupo Carrefour Brasil disse que a medida em "nada muda nas operações no país", indicando que os supermercados do grupo em território nacional irão continuar comprando carne de frigoríficos brasileiros.
O grupo não informou quanto compra e comercializa de carne do Mercosul ou do Brasil.
Em nota, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou que rechaça as declarações do CEO do Carrefour e que "reitera a qualidade e compromisso da agropecuária brasileira com a legislação e as boas práticas agrícolas, em consonância com as diretrizes internacionais".
A pasta informa que o Brasil atende aos padrões "rigorosos" da União Europeia e que o bloco compra e atesta, por meio de suas autoridades sanitárias, a qualidade das carnes do país.
Além disso, o ministério diz que apresentou à União Europeia propostas de modelos eletrônicos que contemplam as etapas iniciais do Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR), para a rastreabilidade da pecuária brasileira. Confira a íntegra da nota aqui.
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O que diz o setor
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) disse que lamenta a declaração de Bompard e que o posicionamento do CEO "é contraditório, vindo de uma empresa que opera cerca de 1.200 lojas no Brasil, abastecidas majoritariamente com carnes brasileiras".
A instituição destacou ainda que a medida coloca em risco o próprio negócio, uma vez que a produção local não supre a demanda interna.
A Abiec informa que, em 2023, o Brasil respondeu por 27% das importações de carne bovina da União Europeia e o Mercosul, por 55%.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também lamentou a declarações do CEO e disse que os argumentos são equivocados ao afirmar que as carnes produzidas pelos países-membros do Mercosul não respeitam os critérios e normas do mercado francês. "A argumentação é claramente utilizada para fins protecionistas", diz nota.
O g1 procurou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mas não recebeu um retorno até a última atualização desta reportagem.
Caso Danone
A declaração do CEO do Carrefour ocorre quase um mês depois de uma polêmica envolvendo outra gigante francesa, a Danone. No dia 25 de outubro, o diretor-financeiro da empresa de laticínios, Juergen Esser, disse à agência Reuters que a companhia tinha deixado de importar soja brasileira.
Sem explicar a fala de Esser, a Danone Brasil e a presidente da Danone América Latina disseram que a divulgação tinha "informações incorretas" e que os países onde a empresa está continuam comprando soja nacional.
Tudo aconteceu às vésperas de entrar em vigor a lei da União Europeia que proibirá a importação de produtos vindos de áreas desmatadas. A legislação entraria em vigor no final de dezembro deste ano, mas foi adiada para 2025.
Comunicado do Carrefour na íntegra
O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, publicou nesta quarta-feira (20), em suas redes sociais, um comunicado no qual diz que a gigante do varejo "assume hoje o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul",
Reprodução
"Em toda a França, ouvimos o desespero e a indignação dos agricultores diante do projeto de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul e o risco de inundação do mercado francês com carne que não atende às suas exigências e normas.
Em resposta a essa preocupação, o Carrefour quer agir em conjunto com o setor agrícola e assume hoje o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul.
Esperamos inspirar outros atores do setor agroalimentar e impulsionar um movimento mais amplo de solidariedade, além do papel da distribuição, que já lidera a luta em favor da origem francesa da carne que comercializa.
Faço um apelo especial aos atores da restauração fora de casa, que representam mais de 30% do consumo de carne na França – mas onde 60% é importada – para que se unam a esse compromisso.
Somente unidos poderemos garantir aos pecuaristas franceses que não haverá nenhuma possibilidade de contornar essa questão.
No Carrefour, estamos prontos, qualquer que seja o preço e a quantidade de carne que o Mercosul venha a nos oferecer."
Nota do Ministério da Agricultura e Pecuária na íntegra
"O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reitera a qualidade e compromisso da agropecuária brasileira com a legislação e as boas práticas agrícolas, em consonância com as diretrizes internacionais.
Diante disso, rechaça as declarações do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, quanto às carnes produzidas pelos países do Mercosul.
No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo, mantendo relações comerciais com aproximadamente 160 países, atendendo aos padrões mais rigorosos, inclusive para a União Europeia que compra e atesta, por meio de suas autoridades sanitárias, a qualidade e sanidade das carnes produzidas no Brasil há mais de 40 anos.
Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor. Apresentou à União Europeia propostas de modelos eletrônicos que contemplam as etapas iniciais do Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR), demonstrando compromisso com uma produção rastreável e transparente, sendo que os modelos privados de rastreabilidade são amplamente reconhecidos e aprovados pelos mercados europeus.
O Mapa lamenta tal postura que, por questões protecionistas, influenciam negativamente o entendimento de consumidores sem quaisquer critérios técnicos que justifiquem tais declarações.
O posicionamento do Mapa é de não acreditar em um movimento orquestrado por parte de empresas francesas visando dificultar a formalização do Acordo Mercosul - União Europeia, debatido na reunião de cúpula do G20 nesta semana. O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros.
Mais uma vez, o Mapa reitera o compromisso da agropecuária brasileira com a qualidade, sanidade e sustentabilidade dos alimentos produzidos no Brasil para contribuir com a segurança alimentar e nutricional de todo o mundo."
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Ministro da Defesa, José Múcio
ANDRE VIOLATTI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Em meio às revelações trazidas pela operação "Contragolpe" da Polícia Federal, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta quarta-feira (20) que as Forças Armadas têm todo interesse no aprofundamento das investigações e identificação dos envolvidos na trama.
A operação deflagrada nesta terça (19) demonstrou militares na coordenação operacional de um plano para assassinar em 2022 os então presidente e vice eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin, além do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Mais uma vez, nossa vontade é ver os responsáveis identificados, de forma a mostrar que são alguns indivíduos e que não representam o todo das Forças Armadas”, afirmou ao blog o ministro.
Investigação da Polícia Federal mostrou de forma detalhada que um grupo de oficiais elaborava um plano para matar o presidente e o vice antes da diplomação dos dois, no final de 2022 – depois da derrota de Jair Bolsonaro e Braga Netto na eleição presidencial.
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O plano incluía assassinar o ministro do STF Alexandre de Moraes, à época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O plano chegou a ser colocado em prática, com uma campana em frente ao apartamento funcional de Moraes, em Brasília.
A investigação também mostra que o plano avançou após uma reunião, em novembro, na casa do general Braga Netto, que foi um dos nomes mais fortes do governo Bolsonaro – foi ministro da Defesa e ministro-chefe da Casa Civil e candidato a vice na chapa derrotada de 2022.
Mensagens encontradas no celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid também dão conta de um encontro do general Mario Fernandes, principal integrante deste grupo operacional, e Bolsonaro. A agenda condiz com a lista de entradas e saídas do Palácio da Alvorada.