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Mega-Sena pode pagar R$ 72 milhões neste sábado; +Milionária pode chegar a R$ 10 milhões


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (27), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.754 da Mega-Sena e 167 da +Milionária. A +Milionária tem prêmio estimado em R$ 10 milhões. No concurso da última quarta-feira (24), uma aposta de Manaus levou quase R$ 250 milhões. Foi a primeira vez que um jogador levou o prêmio máximo da loteria. As chances de vencer na +Milionária são ainda menores do que na Mega-Sena: para levar a bolada, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Veja os detalhes: +Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 72 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (25), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

Haddad diz que governo estuda proposta de tributação sobre lucro de multinacionais


Ministro deu a declaração após reuniões com ministros de finanças de países que participam do G20. Ideia em discussão afetaria principalmente grandes multinacionais, com volume de negócios global anual superior a 750 milhões de euros. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista nesta sexta-feira (26) Reprodução/Ministério da Fazenda O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (26) que o governo estuda encaminhar ao Congresso uma proposta de tributação sobre o lucro de empresas multinacionais que atuam no país. O ministro deu a declaração no Rio de Janeiro, depois de participar de uma série de reuniões com ministros de finanças de países que participam do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo. Até o fim de novembro, o Brasil preside o grupo. Haddad não deu detalhes da proposta, que também é debatida da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), onde ainda não tem consenso. "No Pilar 1, da OCDE, que trata da taxação das empresas multinacionais, um país, apenas um, é obstáculo ao consenso. Isso não impede os países de tomar, individualmente, providências domésticas, do ponto de vista da sua soberania tributária, pra ir corrigindo distorções", afirmou Haddad. "O Brasil está estudando essa matéria, a menos que haja uma reversão rápida do quadro [na OCDE] e nós possamos assinar essa convenção imediatamente. Mas, caso contrário, os países vão tomar decisões isoladamente [...] para proteger suas economias e garantir a sua justa participação nos tributos pagos por multinacionais", completou o ministro da Fazenda. O Pilar 1 da OCDE, citado por Haddad, propõe a redistribuição de direitos tributários para assegurar que multinacionais paguem impostos nos países em que os consumidores de seus produtos residem, em vez de recolher tributos somente no país onde estão fisicamente situadas. A medida, portanto, representaria uma mudança significativa na política tributária internacional. A ideia em discussão na OCDE atingiria principalmente grandes multinacionais, com volume de negócios global anual superior a 750 milhões de euros, entre as quais estão as gigantes empresas do setor digital. A tributação mínima em debate seria de 15%. Na entrevista que concedeu, Haddad mencionou que países como Espanha e Itália já aprovaram legislações sobre para um novo modelo de tributação de multinacionais. Reforma tributária O ministro também afirmou que as 20 nações mais ricas do mundo já consideram um "problema" a tributação progressiva sobre os pobres e não sobre os ricos. "Quanto mais pobre, mais paga imposto. Isso é quase uma regra. No Brasil, só a reforma tributária que está sendo encaminhada pelo governo Lula é capaz de mudar essa realidade".

Documento final do bloco econômico do G20 menciona taxação de super-ricos e aliança global contra a fome, diz Haddad

Aliança global contra a fome é uma proposta do Brasil e uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cúpula do G20. O documento final da trilha (seção) econômica do G20, assinado em consenso pelos países integrantes, inclui menção a taxação de super-ricos e a estruturação de uma aliança global contra a fome. As informações são do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que falou com a imprensa após a última reunião dessa trilha. As trilhas do G20 são blocos temáticos realizados ao longo do ano, antes da reunião de cúpula, que contará com os chefes de Estado. O G20 reúne as 20 maiores economias do mundo. O Brasil é a sede do encontro da cúpula neste ano, que ocorrerá em novembro, no Rio de Janeiro. A aliança global contra a fome é uma proposta do Brasil e uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cúpula do G20. A taxação de super-ricos, pessoas com mais de R$1 bilhão, é uma ideia defendida por Haddad junto a colegas ministros da Fazenda de outros países para combater desigualdades. "Serão emitidos dois documentos que são de consenso. Um deles é o próprio comunicado e o outro é a declaração ministerial sobre cooperação e tributação", afirmou Haddad. "Inclui [o documento] várias menções explícitas à tributação de super-ricos na agenda econômica internacional", completou o ministro. Brasil apresenta principal projeto da presidência do G20 Ainda de acordo com Haddad, os pontos principais do documento final são: Compromisso com a aliança global contra a fome e a pobreza, centrado no combate às desigualdades. Trabalho para um sistema tributário mundial mais transparente, justo e equitativo, inclusive no que se refere aos ultrarricos. Esforços para a mobilização global contra a mudança climática. Avanços em reformas para tornar os bancos multilaterais de desenvolvimento maiores, melhores e mais eficazes.

Flip acelera o alcance global de startups


Executivo da Drummond Advisors explica como funciona o processo de internacionalização Entenda como acelerar o processo de internacionalização da sua empresa Divulgação Uma startup começa com recursos próprios dos sócios fundadores ou nasce de projetos em empresas já existentes e, neste segundo caso, por vezes já conta com clientes, o que facilita muito a jornada do empreendedor. Porém a internacionalização da estrutura da empresa é fundamental para despertar o interesse de investidores estrangeiros no negócio e, para isso, existem alguns meios que facilitam essa manobra. Os tipos mais comuns de levar uma startup para fora do país são o Delaware FLIP, que envolve a incorporação de uma empresa no estado de Delaware nos EUA, ou o FLIP em uma jurisdição offshore, como Cayman. Esse processo facilita a captação de investimentos, uma vez que sua holding estará inserida em um ecossistema maduro. Fazer o “FLIP” é colocar a estrutura da empresa nos Estados Unidos, ou em uma offshore, acima da operação brasileira, elevando o negócio a uma posição global e expandindo seu poder de venda fora do país. Nesse contexto, os sócios também sobem para essa nova estrutura criada fora do país de origem da empresa. Pedro Drummond, advogado habilitado na Flórida e em Nova York e especialista em reorganizações societárias internacionais, sócio responsável pela área jurídica da Drummond Advisors, explica que a maioria dos investidores nos EUA, por exemplo, não desejam correr o chamado “risco Brasil”, já que não conhecem a legislação local e têm receio da burocracia. “Para atrair investimentos no exterior, a startup deve investir em um bom planejamento tributário e corporativo, identificar os objetivos de curto, médio e longo prazo, e iniciar o processo de reestruturação corporativa fora do país”, destaca. Quase 100% das internacionalizações por Flip acontecem em Delaware ou Cayman, por se tratarem de locais com legislação societária robusta e jurisprudência ampla em matéria de conflito societário, o que facilita a abertura de empresas e o processo de captação, além de apresentar alguns benefícios tributários que variam caso a caso. “Quando uma startup toma a decisão de ‘Flipar’, a regra é clara: quanto mais cedo for feito, melhor. Por gerar custos menores, são menos transações e isso acelera a conquista de resultados”, finaliza Drummond. Ele destaca que o suporte de uma consultoria jurídica e contábil, que entenda a legislação dos dois países, faz toda a diferença no planejamento e execução da internacionalização. A Drummond Advisors A Drummond Advisors possui mais de 200 colaboradores altamente qualificados e se destaca como a principal escolha para empreendedores e executivos C-Level que buscam serviços especializados de internacionalização. Reconhecida por sua expertise e abordagem personalizada, é parceira institucional de entidades governamentais renomadas como SelectUSA e Apex-Brasil, entre outras, o que reforça sua credibilidade e alcance global. Com o compromisso de facilitar a transição de talentos internacionais, oferece soluções integradas que incluem consultoria jurídica, tributária e contábil, garantindo um processo tranquilo e eficiente para os clientes. Descubra como a Drummond Advisors pode ser seu parceiro estratégico na jornada de expansão internacional e sucesso empresarial no site.

Imigração nos EUA pode aumentar a produtividade, melhorar o PIB e reduzir o déficit, diz estudo


Relatório do Gabinete de Orçamento do Congresso mostra que a chegada de mais imigrantes nos próximos 10 anos pode ser bem absorvida pela economia americana, e mesmo os nativos podem desfrutar de melhoras no longo prazo. O Capitólio dos Estados Unidos, prédio que abriga a Câmara dos Representantes do país. DREW ANGERER / AFP Um estudo do Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO, sigla em inglês para “Congressional Budget Office”) projetou efeitos majoritariamente positivos para a economia dos Estados Unidos com o aumento da imigração no país. O relatório “Efeitos do Aumento da Imigração no Orçamento Federal e na Economia” elencou as possíveis mudanças no Produto Interno Bruto (PIB), inflação, juros e Orçamento dos EUA, considerando que o fluxo de imigrantes extrapola antigas projeções feitas por economistas do país. O CBO montou dois cenários: No primeiro, a imigração mantém a tendência de anos passados, com chegada média de 200 mil estrangeiros ao ano. No segundo, projeta uma aceleração do fluxo imigratório, para cerca de 1,7 milhão de estrangeiros ao ano. A diferença entre os cenários resulta em um saldo final de 8,7 milhões de pessoas a mais entre 2021 e 2026. Para comparar os reflexos econômicos da imigração, o CBO estuda os efeitos dos dois fluxos de entrada de estrangeiros entre os anos de 2024 e 2034. São ajustadas as influências nas receitas federais, nos gastos obrigatórios e nos juros da dívida. ➡️ A primeira conclusão: o aumento na imigração eleva tanto as receitas federais, como os gastos obrigatórios e os juros da dívida. Entre efeitos diretos e indiretos, isso reduz os déficits em US$ 900 bilhões entre 2024 e 2034. “Alguns dos efeitos no orçamento resultam do aumento no número de pessoas pagando impostos e recebendo benefícios federais. Outros decorrem das mudanças na economia, incluindo o aumento nas taxas de juros e na produtividade dos demais trabalhadores que não fazem parte da amostra”, diz o relatório. Segundo o CBO, as receitas federais podem crescer em US$ 1,2 trilhão entre 2024 e 2034. O aumento se daria por impostos sobre a renda e as contribuições para a seguridade social pagos pelos imigrantes. Também se projeta um aumento da atividade econômica e, assim, das receitas tributárias. Já o aumento de despesa viria de gastos com programas federais de suporte e com juros da dívida. Ainda que boa parte dos imigrantes não seja elegível imediatamente para programas sociais, a tendência é que a proporção aumente ao longo do tempo. Na mesma janela de 10 anos, seriam adicionados US$ 300 bilhões em despesas. “Os gastos anuais com certos programas obrigatórios aumentam com o tempo à medida que mais imigrantes na população e seus filhos nascidos nos Estados Unidos recebem benefícios”, diz o CBO. Nas projeções, cerca de 2 milhões de crianças devem nascer de famílias de imigrantes nos EUA entre 2021 e 2034. Com isso, a população total do país em 2034 teria 10 milhões de pessoas a mais do que o visto no cenário sem a chegada de estrangeiros. “Os gastos com juros da dívida do governo aumentam, principalmente, devido às taxas de juros mais altas resultantes do aumento na imigração. No total, os gastos projetados em 2034 são elevados em US$ 50 bilhões devido ao aumento.” O CBO não projeta elevação nos gastos que não são obrigatórios (chamados discricionários), porque entende que o governo federal teria a opção de criar novos programas ou realocar verbas para o atendimento de imigrantes. Mas essas seriam decisões políticas dos governos que viriam. Por isso, o CBO reforça que há um grau de incerteza no estudo sobre os efeitos orçamentários. “Grande parte dessa incerteza [...] é inerente à previsão [correta] de resultados econômicos e orçamentários.” Trump, economia dos EUA e o efeito global Efeitos na economia O estudo estima que o aumento de imigração traria um ganho nominal de US$ 8,9 trilhões para o PIB americano durante o período de 2024 a 2034. Haveria também um ganho do total de salários pagos. A distribuição projetada para o PIB seria: Aumento de US$ 7,8 trilhões devido à população maior; Aumento de US$ 1,5 trilhão devido à maior participação da força de trabalho da população imigrante; Diminuição de US$ 1,1 trilhão devido à composição do emprego da população imigrante (como diferença de educação e experiência); Aumento de US$ 600 bilhões devido à maior produtividade relacionada à inovação; Aumento de US$ 100 bilhões devido a fatores transitórios (como uma maior demanda na construção e habitação). Segundo o CBO, o PIB real em 2024 — aquele que remove os efeitos da inflação — é 2,9% maior nas projeções devido ao aumento da imigração. Nos cinco primeiros anos, metade do avanço na atividade é puxada pelo consumo, e o restante se divide entre investimentos das empresas e residencial. Nos últimos anos da janela, o consumo passa a representar 70%, já que o investimento volta aos patamares normais. Após desistência de Biden, Kamala e Trump mostram as cartas que devem usar na corrida eleitotal Salários O estudo também afirma que os salários para trabalhadores americanos crescem um pouco mais lentamente apenas nos primeiros anos por conta do aumento de imigração. Nos anos posteriores, os nativos também desfrutam do ganho geral de produtividade da economia, e são preferidos para posições mais qualificadas conforme aumenta a oferta de trabalhadores com menos anos de estudo. Assim, a taxa geral de desemprego é pouco afetada, segundo o CBO, porque dois fatores se compensam. “Em 2024, [...] a taxa de desemprego dos recém-chegados é relativamente alta porque leva tempo para encontrarem trabalho, o que aumenta a taxa geral de desemprego. Esse efeito é contrabalanceado por uma maior demanda por bens e serviços após o aumento da imigração, que reduz a taxa de desemprego.” Os efeitos nos salários de cidadãos americanos variam para pessoas com diferentes níveis de escolaridade. Até 12 anos de educação: o crescimento dos salários desacelera até 2026, pelo aumento na oferta de trabalhadores menos qualificados. Mais de 12 anos de educação: há pouca mudança em seu crescimento salarial. A demanda por pessoas mais qualificadas cresce. Após 2026, o aumento geral na produtividade impulsiona o crescimento dos salários para todos os grupos de trabalhadores no longo prazo. Por essa mesma lógica de compensação — salários sobem, mas a produtividade também —, o CBO considera os efeitos sobre a inflação pouco importantes. “Esses salários adicionais são uma importante contribuição para o aumento nas receitas, pois estão sujeitos tanto a impostos sobre a folha de pagamento quanto a impostos sobre a renda”, diz o CBO. Por outro lado, o crescimento mais rápido da força de trabalho e a maior demanda por investimento residencial, por exemplo, elevam a taxa de retorno sobre o capital e colocam pressão de alta sobre as taxas de juros. “O aumento nas taxas de juros é uma importante contribuição para o aumento nos gastos federais.” Inicialmente, a população imigrante ganharia menos, em média. Mas a renda aumenta quanto mais tempo eles vivem nos EUA. É preciso considerar também, diz o CBO, que os imigrantes são mais jovens, e uma porção maior é do sexo masculino. Isso é importante porque as projeções de receitas e despesas vindas da população imigrante refletem a idade, sexo e estado civil esperados dessa parcela da população. Dependem também, é claro, de quantos receberiam autorização para trabalhar, já que isso implica em arrecadação de impostos e elegibilidade para programas sociais. “Na estimativa do CBO, as taxas de conformidade entre a população imigrante são 15% mais baixas para impostos sobre a renda e 10% mais baixas para impostos sobre a folha de pagamento, em média, do que aquelas da população total”, diz o texto. “O CBO espera que imigrantes que não recebam autorização para trabalhar, mas ainda encontrem trabalho, sejam menos conformes com o sistema tributário, mas, ainda assim, paguem alguns impostos sobre seus ganhos.” O efeito nas receitas vindas do trabalho adiciona, portanto, um total de US$ 387 bilhões em receitas ao longo do período de 2024 a 2034, sendo US$ 229 bilhões em impostos sobre a renda individual e a folha de pagamento, e US$157 bilhões em outros impostos, como sobre a renda corporativa. “As empresas que veem uma demanda maior por seus produtos devido ao aumento da imigração provavelmente contratarão mais trabalhadores e investirão em mais maquinário. Por sua vez, seus lucros podem aumentar.” “Além disso, espera-se que a produtividade relacionada à inovação seja maior, levando a uma maior renda tanto do trabalho quanto do capital.” Por outro lado, as mudanças na economia decorrentes do aumento da imigração adicionam US$ 101 bilhões aos custos líquidos com juros e gastos obrigatórios ao longo do período de 10 anos.

Doença de Newcastle: Ministério da Agricultura confirma fim de foco no RS


Brasil aguarda retirada da suspensão das exportações, para retomar venda de carnes de aves e seus produtos. Restrições ultrapassaram 40 países. Foco de doença foi identificado em aviário de Anta Gorda. Granja onde foi identificado caso da doença de Newcastle em Anta Gorda Reprodução/RBS TV O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) comunicou, nesta sexta-feira (26), o fim do foco da Doença de Newcastle, identificada em um aviário de Anta Gorda, no Vale do Taquari. A informação foi repassada para a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A pasta explica que, com o fim do foco, serão disponibilizadas todas as informações sobre o diagnóstico atual e as medidas adotadas aos países que compram a carne brasileira. O país espera retomar a exportação, que foi suspensa em mais de 40 países, variando o produto e a área, após a confirmação da doença. "Isso permitirá que eles analisem e confirmem que estamos livres de Newcastle, possibilitando a retomada das certificações para exportação", diz o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart. Parte dos países considerava carnes produzidas em todo o território nacional; alguns, somente no Rio Grande do Sul; e outros, em um raio de 50 km do foco da doença identificada. O aviário afetado segue sob monitoramento por 42 dias para verificar se há resquícios de circulação do vírus. Após esse período e com resultado negativo para a presença da doença, o aviário será liberado para funcionamento novamente. Entenda o que é a doença de Newcastle Doença de Newcastle: área de emergência zoossanitária é reduzida a cinco municípios do RS Emergência zoossanitária Na quarta (24), o Mapa reduziu para cinco municípios a área de emergência zoossanitária. Além de Anta Gorda, estão no limite Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado, em um raio de 10 km do foco da doença. A medida valia, inicialmente, para todo o território do Rio Grande do Sul. No aviário em Anta Gorda, 7 mil aves tiveram que ser sacrificadas. O status de emergência zoosanitária prevê ações de sacrifício ou abate de todas as aves onde o foco foi confirmado, limpeza e desinfecção do local, adoção de medidas de biosseguridade, demarcação de zonas de proteção e vigilância em todas propriedades existentes no raio de 10km, definição de barreiras sanitárias, entre outras. A medida tem duração de 90 dias, com o isolamento da área afetada e restrição de movimento de material de risco. Oito barreiras sanitárias foram instaladas na região, para impedir o avanço da doença de Newcastle. Os pontos de controle fazem a desinfecção de veículos de risco, de cargas de animais e aviários, além de varreduras em todas as propriedades rurais em dois raios, de 3 km e 10 km. Das 858 propriedades rurais da região, 78% já foram vistoriadas, segundo o governo do estado. A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Causada pelo vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), a doença apresenta sinais respiratórios, seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça dos frangos. Fiscalização em aviário no Vale do Taquari Julia Chagas/Secretaria da Agricultura Identificação após queda de granizo A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a doença de Newcastle foi identificada na propriedade em meio às ondas de frio no inverno. Uma chuva de granizo teria destelhado o aviário, matando 7 mil aves em razão das condições inadequadas, segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin. As outras 7 mil aves foram sacrificadas na quinta-feira (18), de acordo com a associação, conforme determina o protocolo, para evitar que a doença se alastre pela região. Consumo liberado O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que a população pode continuar consumindo frango mesmo após o diagnóstico da doença de Newcastle. Uma ficha técnica publicada em 2022 pelo Mapa aponta que a doença pode causar conjuntivite transitória em humanos após contato direto com as aves, por meio de aerossóis e secreções respiratórias, além de secreções oculares e fezes de aves infectadas. Não há infecção através do consumo, afirmam especialistas. "Podem continuar tranquilos, consumindo carne de frango, inclusive da própria região, dessa própria criação na região", falou Fávaro. Doença de Newcastle identificada em aviário do RS g1 VÍDEOS: Tudo sobre o RS

Rui Costa diz que todos ministérios darão sua 'contribuição' para o congelamento de R$ 15 bilhões


Segundo o ministro da Casa Civil, as 39 pastas do governo serão atingidas por corte anunciado pela equipe econômica. Medida foi tomada para cumprimento do arcabouço fiscal. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, em imagem de abril de 2024 Wilton Junior/Estadão Conteúdo O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (26) que 100% dos 39 ministérios do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão afetados pelo congelamento de R$ 15 bilhões de gastos anunciado pela equipe econômica do governo na semana passada. Costa disse que é "sempre doloroso cortar", porque medidas como essa atingem "necessidades que já estavam previstas", mas que os cortes serão mantidos e todas as pastas darão "sua contribuição". O detalhamento dos bloqueios e contingenciamentos será divulgado na próxima semana. "Nós vamos fazer — seja o bloqueio, seja o contingenciamento — os dois juntos vão alcançar 100% dos ministérios. Todo mundo dará sua contribuição para alcançar esses R$ 15 bilhões. Tá fazendo ajuste fino nos números, para que, na semana que vem, seja publicado a relação dos bloqueios e contingenciamentos", disse o ministro da Casa Civil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que serão bloqueados R$ 11,2 bilhões e contingenciados R$ 3,8 bilhões no orçamento de 2024. As medidas serão adotadas para cumprir a regra de gastos do governo prevista no arcabouço fiscal. De maneira geral, o arcabouço determina que despesas só podem crescer em uma certa proporção das receitas. Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal. Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado. Ao contrário do bloqueio, o contingenciamento é mais fácil de ser revertido ao longo do ano, caso as receitas voltem para as previsões. Os bloqueios e congelamentos serão feitos em verbas dos ministérios usadas para investimentos (as chamadas verbas discricionárias, ou seja, que não são obrigatórias, como salários de servidores).

Governo deve ter espaço extra de R$ 54,9 bilhões para despesas no Orçamento de 2025, diz Tesouro

Aumento no limite de despesas está previsto no arcabouço fiscal e depende da arrecadação. Para gastar mais e cumprir metas fiscais, governo também precisa coletar mais impostos. O governo federal deve ter um espaço extra de R$ 54,9 bilhões para as despesas no Orçamento de 2025, segundo informações do Tesouro Nacional nesta sexta-feira (26). O aumento no limite de despesas está previsto no arcabouço fiscal. Publicada em 2023, a regra determina uma "banda" de crescimento real das despesas – ou seja, descontada a inflação. Segundo o arcabouço fiscal, a depender do resultado da arrecadação, o governo poderá aumentar as despesas primárias entre 0,6% a 2,5%. Para 2025, o governo considera o valor máximo da banda, os 2,5%. Dessa forma, o efeito real do crescimento das despesas no ano será de R$ 54,9 bilhões. A informação é do subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Athayde. Governo dobra previsão de rombo das contas públicas até o limite da meta fiscal; Bruno Carazza comenta Teto de R$ 2,25 trilhões Neste ano, o limite para as despesas primárias (gastos com bens e serviços públicos, e manutenção da máquina pública) é de R$ 2,1 trilhões. A previsão é que o teto aumente para aproximadamente R$ 2,25 trilhões. A diferença entre os dois números, de R$ 144 bilhões, se dá por causa da inflação e do aumento real de 2,5%. De forma que, do teto em 2025, R$ 54,9 bilhões é o aumento real das despesas – um espaço extra que poderá ser usado pelo governo para arcar com investimentos e programas sociais, por exemplo. O restante é reflexo da inflação – ou seja, vai corrigir os valores dos gastos sem necessariamente implicar em despesas adicionais. Até o dia 31 de agosto, o governo deve enviar ao Congresso o Orçamento de 2025, que detalha a execução das contas públicas no próximo ano. A peça deve trazer informações como a previsão de aumento das despesas primárias e projeção de receitas.

Olimpíadas de Paris: quanto ganha um medalhista — e como os jogos ajudam o bolso dos atletas


A remuneração dos esportistas de alto nível tende a ser maior no período olímpico. Além do pagamento dos clubes e de programas como o Bolsa Atleta, a tendência é que os competidores melhorem seus contratos com patrocinadores e recebam mais convites para campanhas publicitárias. Jogos Olímpicos Tóquio 2020 - Finais da natação no centro aquático de Tóquio. Na foto, uma medalha de ouro. Jonne Roriz/COB A premiação em dinheiro para os atletas que conquistarem o pódio durante as Olimpíadas de Paris já foi definida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Os valores mais altos vão, claro, para os medalhistas de ouro: os atletas que vencerem disputas individuais vão levar R$ 350 mil para casa. Mas nem sempre o prêmio em dinheiro é a principal conquista do competidor: subir no pódio de uma Olimpíada também significa avançar alguns degraus em termos de reconhecimento e oportunidades — o que, consequentemente, pode se refletir na segurança financeira. O surfista Italo Ferreira, por exemplo, considera os Jogos de Tóquio, em 2021, um "divisor de águas" na vida dele. O surfista levou o ouro justamente na edição que marcou a estreia do esporte como modalidade olímpica. "Isso fica na memória de todos", diz. Além de falar sobre o que mudou após subir no topo do pódio, ele contou ao g1 que usou parte do dinheiro para tornar um antigo sonho realidade. (veja o relato mais abaixo) Segundo o COB, o chamado Programa Medalha, que define o pagamento em dinheiro para os vencedores olímpicos, divide os esportistas ganhadores em três categorias: 🚣‍♂️ Provas individuais (um atleta) 🏊‍♀️ Provas em grupo (dois a seis atletas) ⛹️ Provas coletivas (sete ou mais atletas) Cada uma das categorias tem um valor específico de premiação. No caso das categorias "grupo" e "coletiva", há um valor total definido a ser pago, que será dividido entre os medalhistas de forma igualitária, independentemente de serem titulares ou reservas. Outro ponto importante sobre os valores: os atletas que ganharem mais de uma medalha acumulam a premiação — ou seja, eles recebem por cada prova premiada. Veja abaixo: Valores pagos por medalha nas Olimpíadas de Paris. Juan Silva/Arte g1 "Os valores estão cerca de 40% mais altos com relação aos praticados no último ciclo olímpico" — que inclui os Jogos de Tóquio, em 2020 —, informou o COB em comunicado. Naquele ciclo, que envolve também os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022, o Comitê Olímpico do Brasil desembolsou R$ 5,2 milhões em premiações pelas medalhas conquistadas. O avanço na remuneração também está conectado ao desempenho esportivo. Segundo o COB, melhores resultados nas principais competições do calendário olímpico — que incluem os Jogos Sul-americanos, Pan-americanos e as próprias Olimpíadas — significam aumento nos investimentos. "Isso se reflete para atletas, confederações e o próprio COB", informou o Comitê. As medalhas das Olimpíadas de Paris vistas de frente. Divulgação/Comitê Organizador dos Jogos de Paris 2024 Ganhos com patrocinadores e publicidade A simples proximidade dos jogos também colabora com os rendimentos financeiros dos atletas. Esse costuma ser o período em que os competidores tendem a receber mais de seus patrocinadores, explica o especialista em marketing Idel Halfen. Esse é um dos efeitos do ciclo olímpico, que tem início no ano após uma olimpíada e termina no final da edição seguinte. O ciclo seguinte aos jogos de Paris, por exemplo, começa em 2025 e se encerra em 2028, nos jogos de Los Angeles, nos Estados Unidos. "Existem muitos contratos escalonados. Os atletas ganham menos no primeiro ano e vão aumentando a remuneração", diz. "Isso acontece porque não se sabe qual será o desempenho do atleta. Há também a questão da exposição [da marca]. Ela é muito menor no início do que no final do ciclo olímpico." Nesses casos, cabe ao atleta avaliar as condições do contrato. Do lado das empresas, é comum que haja um interesse menor quando os jogos não estão em evidência. "Normalmente, o marketing das companhias também investe em outras ações não relacionadas ao esporte", destaca Halfen. No caso de atletas olímpicos individuais, há contratos com cláusulas que podem definir bonificação para aqueles que ganharem medalhas de ouro, prata ou bronze — melhorando, assim, a remuneração. A exposição durante as Olimpíadas também pode abrir mais espaço para ações pontuais, como convites para campanhas publicitárias. "Além disso, logo após os jogos os atletas acabam sendo muito demandados para palestras e eventos. São presenças VIPs. Eles passam a ter uma história a contar", conclui Halfen. De acordo com o COB, além dos patrocinadores pessoais, alguns competidores também são contratados por patrocinadores do próprio Comitê "para fazer parte do squad [esquadrão] deles", informou a organização ao g1. Olimpíadas de Paris: quanto ganha um medalhista? 'Divisor de águas' Em 2021, o surfista Italo Ferreira estreou em uma Olimpíada junto com a própria modalidade. Para o atleta, levar o ouro na primeira edição do surfe olímpico teve um sabor especial. "Conquistei a primeira medalha de ouro da história. Então, isso fica marcado na memória de todos os brasileiros e dos fãs do surfe", diz. Perguntado pelo g1 sobre como a vitória se refletiu na abertura de novas oportunidades, o surfista destacou a Olimpíada como a maior vitrine do esporte. "Na minha vida, foi um divisor de águas. (...) Consequentemente, as marcas escolhem atletas com quem se identificam mais ou que têm mais chances de subir no pódio", diz. "Ganhar uma medalha aumenta a procura por marcas que querem estar com você. E quando elas entendem a importância de não ser algo pontual, mas que acompanhe mais um ciclo de quatro anos, dá ainda mais motivação pra gente performar e continuar no topo." Italo Ferreira levou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, realizados em 2021 devido à pandemia. Jonne Roriz/COB No caso especificamente do surfe, o principal objetivo dos atletas é entrar para a Liga Mundial de Surfe (WSL) — onde estão as grandes marcas. Italo relata, no entanto, que o caminho não é fácil: antes, é preciso disputar campeonatos em diferentes países, a custos muito altos. "Quando você consegue patrocinadores, dá um respiro para focar só na performance, enquanto a parte financeira e administrativa fica resolvida. E o surfe só depende de você. Então, também tem a pressão de performar e ganhar títulos para manter as marcas com você", relata. O surfista diz que usou os recursos conquistados nas Olimpíadas de Tóquio para tirar um velho sonho do papel. "Com a premiação, eu consegui construir o Instituto Italo Ferreira, lá em Baía Formosa [RN]", diz. "Queria mostrar para as crianças que é possível realizar os nossos sonhos. Para isso, precisava de um lugar para elas estudarem, praticarem esporte e terem a perspectiva de um futuro melhor." O projeto de Italo, que saiu do papel há dois anos, atende a cerca de 120 crianças. Italo Ferreira chora ao falar do ouro: 'Meu nome está escrito na história do surfe' Outros tipos de rendimentos ▶️ Bolsa Atleta Alguns esportistas de alto rendimento contam ainda com bolsas de incentivo, a níveis municipal, estadual ou federal. O Bolsa Atleta, do governo federal, é o principal programa para esse fim. Criado em 2005, o incentivo é destinado a atletas de alto rendimento e com bons resultados em competições nacionais e internacionais. Os pagamentos são feitos pela Caixa Econômica Federal. A ideia do programa é garantir que os esportistas tenham condições mínimas para se dedicarem ao treinamento e às competições, incluindo os jogos olímpicos e paralímpicos. Receber recursos do programa não impede que os atletas tenham outros patrocínios. São seis categorias do Bolsa Atleta, indo dos níveis "Base" e "Estudantil" — destinados a esportistas mais jovens — ao "Pódio", com bolsas a medalhistas olímpicos e atletas bem colocados em rankings mundiais. Nessa última categoria, o benefício pode chegar a R$ 15 mil. Veja as categorias abaixo: 🧒🏿 Atleta de Base: R$ 370 👩🏽‍🎓 Estudantil: R$ 370 🔰 Nacional: R$ 925 🌎 Internacional: R$ 1.850 🤽 Olímpico/Paralímpico: R$ 3.100 🥇 Pódio: R$ 5 mil a R$ 15 mil Segundo o governo federal, das 21 medalhas conquistadas nas Olimpíadas de Tóquio, 19 tiveram participação de atletas que recebem o apoio do programa: foram 8 bronzes, 5 pratas e 6 ouros relacionados ao Bolsa Atleta. O surfista Italo Ferreira, por exemplo, é um dos medalhistas do programa, na categoria Pódio. São os casos também do canoísta Isaquias Queiroz e da ginasta Rebeca Andrade, premiados com o ouro naquela edição dos jogos — e que buscam repetir o feito em Paris. ▶️ Programa Olímpico da Marinha (Prolim) De acordo com o COB, alguns atletas estão dentro do Programa Olímpico da Marinha (Prolim) e recebem soldo (a remuneração básica como militares). O Programa é supervisionado pelo Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais. Ao g1, a Marinha do Brasil informou que o Prolim terá 59 atletas nas Olimpíadas de Paris — quase 20% do total de competidores brasileiros nos jogos. Dentre os 59 atletas, 43 integram atualmente o programa, enquanto os outros 16 fizeram parte pelo tempo limite de 8 anos. Como militares da instituição, os atletas de alto rendimento recebem remuneração de acordo com a graduação, como previsto na Lei de Remuneração dos Militares. O atleta com o ensino fundamental concluído pode ser incorporado como cabo, com soldo de até R$ 2.627. Já o que tem ensino médio completo pode ser admitido como terceiro-sargento (R$ 3.825), informou a Marinha. Além da remuneração, os atletas recebem alimentação, uniforme, assistência médico-odontológica, psicológica, social e religiosa. Atualmente, o Prolim tem um total de 235 esportistas militares de alto rendimento. Na história, 716 atletas de alto nível já participaram do programa. "Nas últimas três Olimpíadas (2020, 2016 e 2012), das 57 medalhas conquistadas pelo Brasil, 26 foram ganhas por atletas das Forças Armadas brasileiras, sendo 14 delas graças ao desempenho dos atletas da Marinha", disse a instituição. ▶️ Confederações e clubes Ao g1, o Comitê Olímpico do Brasil informou que, de forma geral, a maioria dos atletas recebe também um salário dos clubes que defendem. Eles podem ainda ter remuneração de suas respectivas confederações esportivas — que são responsáveis, inclusive, pela convocação dos atletas às Olimpíadas e Paralimpíadas. De acordo com o COB, cada confederação tem liberdade para criar seus programas de benefícios, o que significa que os valores podem variar a depender da modalidade esportiva.

Contas do governo registram rombo de R$ 38,8 bilhões em junho

Déficit ocorre quando arrecadação de tributos e impostos fica abaixo do gasto do período. Resultado foi negativo mesmo com arrecadação recorde para o mês de junho. As contas do governo registraram déficit de R$ 38,8 bilhões em junho, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta sexta-feira (26). O resultado de junho de 2024 é o quarto pior para o mês desde o início da série histórica do Tesouro, que começa em 1997. É também o pior primeiro semestre desde junho de 2020. O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. Se as receitas superam as despesas, o resultado é de superávit primário. Segundo o Tesouro, a receita líquida em junho foi de R$ 160,5 bilhões, enquanto a despesa alcançou R$ 199,3 bilhões. No acumulado em 12 meses, o déficit até junho é de R$ 260,7 bilhões – o equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado foi registrado apesar do recorde na arrecadação em junho. Na quinta-feira (25), o governo divulgou receitas de R$ 208,8 bilhões no mês – veja no vídeo: Arrecadação do governo bate recorde em junho e alcança R$ 208,8 bilhões "No ano passado, nós adotamos um conjunto de medidas pelo lado da receita para atingir esse objetivo e, como vocês estão vendo, a despeito do descrédito que elas tiveram no ano passado, elas estão mostrando sim resultados consistentes. Mas, de fato, nós temos aqui desafios agora que precisam ser endereçados pelo lado da despesa", disse o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. Alta do déficit De acordo com o secretário, o resultado das contas públicas "deve convergir" ao longo do ano para um déficit dentro da meta fiscal – embora, na fotografia atual, o cenário seja mais grave. Ceron afirma que parte da alta nas despesas tem relação com o adiantamento de alguns gastos do governo, que não será sentido no restante do ano. "Quando você olha a perspectiva de 12 meses, o acumulado no ano, tem alguns fatores que geraram ali um resultado um pouco maior. Agora, a gente começa um processo de recuperação. E volto a dizer, considero crível, possível, ficar dentro do intervalo da banda do primário nesse exercício", afirmou. BPC e Previdência A alta dos gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e com a Previdência é um dos fatores que têm pressionado as contas do governo. O BPC é um benefício, no valor de um salário mínimo, pago a idosos com mais de 65 anos ou a pessoas de qualquer idade com deficiência. Para receber o auxílio, a família do beneficiário deve ter renda de até R$ 353 por pessoa –ou seja, 25% do salário mínimo vigente, que hoje é de R$ 1.412. Segundo dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), houve uma alta de 29% na concessão de novos benefícios no primeiro semestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023. O relatório do Tesouro aponta um custo de R$ 54,2 bilhões de janeiro a junho --alta de 17% em relação ao mesmo período de 2023. A Previdência, por sua vez, teve aumento de 8,7% no semestre, chegando a R$ 501,9 bilhões. De acordo com Ceron, o aumento dos custos com os benefícios previdenciários pode ser explicado pela regularização da folha do INSS. "O BPC, o diagnóstico [é que] está crescendo na casa de dois dígitos, um crescimento que chama a atenção. Não há uma motivação evidente do que poderia estar acontecendo para ter essa dinâmica", disse Ceron. Nesta sexta-feira (26), o governo publicou as regras para o pente-fino que será feito nos cadastros do BPC. Pente-fino no BPC: quem não atualizar cadastro pode ter cartão bloqueado Parcial do ano O déficit acumulado no ano, no período de janeiro a junho, é de aproximadamente R$ 68,7 bilhões. O valor está acima da previsão de R$ 61,4 bilhões de déficit no fechamento de 2024, divulgada pelo governo no início da semana. Para fins de cumprimento da meta fiscal, são excluídos do montante R$ 28,8 bilhões em créditos extraordinários. Esse montante foi reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul, Poder Judiciário e o Conselho Nacional do Ministério Público. O governo também anunciou o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões para o cumprimento da meta fiscal em 2024, restando R$ 28,8 bilhões de déficit no ano – no limite da meta fiscal. A meta para 2024 é zerar o déficit fiscal. Isso significa que o governo pretende equilibrar receitas e despesas. No entanto, há um intervalo de 0,25 ponto percentual para cima ou para baixo, em que a meta pode ser considerada formalmente cumprida. Um déficit de 0,25% do PIB equivale a R$ 28,8 bilhões, portanto as projeções do governo estão no limite da meta. Governo dobra previsão de rombo das contas públicas até o limite da meta fiscal; Bruno Carazza comenta